Ele usou meu nome!
Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão, porque
o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. (Êxodo 20.7;
Deuteronômio 5.11)
Texto do rev. Paulo Schütz.
–
Alô...!
–
Alô! Vocês me mandaram a fatura de uma compra
que eu não fiz!
–
Deixa ver...! Mas a mercadoria foi retirada
por seu filho!
–
Já
entendi! Foi uma compra particular dele. Usou o nome da empresa para obter o
crédito. Mas, não se preocupem, eu acerto as contas com ele!
Desde a primeira vez que viajei de
avião, eu sou identificado nas passagens como SCHÜTZ, Paulo. Mas, na certidão
de nascimento consta Paulo Pena Schütz. Em português, dizemos que nosso nome é
o primeiro, o segundo é o sobrenome. Mas, em outras línguas, nome é o último,
aquele que já nascemos com ele, que recebemos de nosso pai, o primeiro é
designado como prénom, em francês, christian name, em inglês e apellido,
em espanhol, por exemplo. O nome que herdamos é tão importante que a maneira de
identificar os passageiros nos bilhetes aéreos passou a ser adotada em todos
documentos internacionais, ele é o principal, o que aparece em primeiro lugar.
Esse nome nós levamos durante toda a
vida e, mesmo após nossa morte, é ele que nos identifica. Nós não o escolhemos,
apenas herdamos de quem nos gerou, ou recebemos de quem nos adotou. À
semelhança de nossos pais terrestres, o Deus que nos criou também nos adotou
como filhos, tornando-se nosso Pai celestial, nos deu seu nome e um mandamento
a respeito.
A versão em português deste
mandamento dificulta seu entendimento devido a problemas de tradução. Em
primeiro lugar, o nome de Deus é algumas vezes substituído pela palavra SENHOR;
embora edições mais recentes prefiram conservar o nome como está no original
hebraico, apenas adaptando ao nosso alfabeto, o que se aproxima a Javé, Iavé
ou 'Iahweh. Em segundo lugar, os verbos carregar, portar
ou levar correspondem melhor ao sentido do língua original do que tomar.
O mandamento deve então ser lido assim:
“Não levarás o nome de Javé teu Deus
em vão, porque Javé não terá por inocente quem levar o seu nome em vão.”
O povo de Israel recebeu o nome de
Javé quando este o adotou, ao libertá-lo da escravidão no Egito, após uma longa
preparação para que aquele se tornasse capaz de carregá-lo. De acordo com as
próprias palavras a Moisés, ela começou com Abraão, passando por Isaque e Jacó.
E não terminou por aí, mas prosseguiu até que nós estivéssemos preparados para
ser batizados “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, ou
apenas “em nome de Jesus Cristo”, e carregarmos o nome de cristãos.
Mas, afinal, que significa levar o
nome de Deus em vão? Talvez a explicação mais sucinta e mais clara tenha
saído da boca do próprio Jesus:
“Não fostes vós que me
escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” Mas, “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o
corta” , simples assim.
Referências bíblicas:
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