Eu, tu, ele

Eu, tu, ele, nós, vós, eles por Janine Fernandes
Cada pessoa é um problema em busca de uma solução. Nós nascemos num mundo que é autocrático, é tirano. Desde o início nós somos mandados, somos controlados, somos dirigidos pelos outros. Essa é a essência da natureza humana e nós somos forçados a nos conformar. Por causa disso, cada criança, quando se vê dominada por esse mundo autocrático, cria, em sua imaginação, um mundo democrático. Esse é um processo demorado. Para alguns de nós demora a vida inteira. Também é um processo dolorido. Crianças crescem somente à medida que elas aprendem a resolver os problemas que lhes são impostos. Nós não somos maus pais quando tentamos evitar que nossos filhos passem por determinados problemas. Porém, aprender como lidar com as outras pessoas é um problema que cada um tem que resolver por si.
 Simplesmente lidar com os outros é necessário para a felicidade, é necessário para o sucesso e necessário para a nossa sobrevivência. A palavra chave aqui é aprender. Jesus, em Mateus 18.3, disse o seguinte: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. E como as crianças aprendem? Como as crianças aprendem a lidar com as outras pessoas? A menos que nós, os adultos, examinemos o nosso passado, a menos que nós, os grandões, esqueçamos velhos hábitos prejudiciais. A menos que nós, os maiores de idade, adaptemos as nossas mentes para novos modelos de conduta. A menos que nós, os maduros, aprendamos de novo, não haverá esperança para nós.
Não é, como sabemos, uma questão de aumentar as nossas medidas, nem ampliarmos os nossos horizontes científicos. Crescimento aqui é reeducação, e isso não tem idade limite não. Eu sei que é difícil para as pessoas idosas se virem na situação de terem que reaprender a como seguir a Jesus e como lidar com as pessoas. Por canta disso, vamos configurar alguns dos jogos que nos atrapalharam no relacionamento com os outros e à luz da Bíblia, ver como o Segundo Testamento nos ajuda nas relações humanas.
Primeiramente vamos ao jogo do Bode Expiatório. O bode expiatório são as coisas ou as pessoas que nós culpamos pelas dificuldades que enfrentamos ou experimentamos. Por exemplo: Hitler responsabilizou todo o povo judeu pelas privações que a Alemanha passou na mão dos banqueiros internacionais, enquanto ele construía sua economia de guerra. O bode expiatório dele era o povo judeu. Enquanto o Império Romano mostrava sua clara decadência, os é que cristão eram sacrificados por isso. No Primeiro Testamento o rei Acabe acusou o profeta Elias desse jeito: Então é você que está aí, você, o maior criador de problemas de Israel! (I Reis 18.17)
Jean Paul Sartre já dizia: O inferno são os outros. Nós vivemos concluindo a mesma coisa. Nós vivemos procurando culpados para todos os nossos problemas. Nós vivemos procurando um bode expiatório para evitar que nos vejamos realmente como somos, como estamos errados, como falhamos, simplesmente para evitar corrigir o nosso erro. A coisa mais fácil do mundo é acusar o outro. (continua)

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