Eu, tu, ele, nós, vós, eles por Janine Fernandes |
Cada pessoa é um problema em busca de uma solução. Nós
nascemos num mundo que é autocrático, é tirano. Desde o início nós somos
mandados, somos controlados, somos dirigidos pelos outros. Essa é a essência da
natureza humana e nós somos forçados a nos conformar. Por causa disso, cada
criança, quando se vê dominada por esse mundo autocrático, cria, em sua
imaginação, um mundo democrático. Esse é um processo demorado. Para alguns de
nós demora a vida inteira. Também é um processo dolorido. Crianças crescem somente
à medida que elas aprendem a resolver os problemas que lhes são impostos. Nós
não somos maus pais quando tentamos evitar que nossos filhos passem por determinados
problemas. Porém, aprender como lidar com as outras pessoas é um problema que
cada um tem que resolver por si.
Não é, como sabemos, uma questão de aumentar as nossas
medidas, nem ampliarmos os nossos horizontes científicos. Crescimento aqui é
reeducação, e isso não tem idade limite não. Eu sei que é difícil para as
pessoas idosas se virem na situação de terem que reaprender a como seguir a
Jesus e como lidar com as pessoas. Por canta disso, vamos configurar alguns dos
jogos que nos atrapalharam no relacionamento com os outros e à luz da Bíblia,
ver como o Segundo Testamento nos ajuda nas relações humanas.
Primeiramente vamos ao jogo do Bode Expiatório. O bode expiatório
são as coisas ou as pessoas que nós culpamos pelas dificuldades que enfrentamos
ou experimentamos. Por exemplo: Hitler responsabilizou todo o povo judeu pelas
privações que a Alemanha passou na mão dos banqueiros internacionais, enquanto
ele construía sua economia de guerra. O bode expiatório dele era o povo judeu.
Enquanto o Império Romano mostrava sua clara decadência, os é que cristão eram
sacrificados por isso. No Primeiro Testamento o rei Acabe acusou o profeta
Elias desse jeito: Então é você que está
aí, você, o maior criador de problemas de Israel! (I Reis 18.17)
Jean Paul Sartre já dizia: O inferno são os outros. Nós vivemos concluindo a mesma coisa. Nós
vivemos procurando culpados para todos os nossos problemas. Nós vivemos
procurando um bode expiatório para evitar que nos vejamos realmente como somos,
como estamos errados, como falhamos, simplesmente para evitar corrigir o nosso
erro. A coisa mais fácil do mundo é acusar o outro. (continua)
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