Eu por último

Entre o ter e o ser por Fano
Outro ensinamento de Jesus aos seus discípulos em Lucas 14.11 fala de como agir como anfitrião e como convidado. Parece uma situação tão comum que alguém jamais a colocaria como ponto de questionamento da fé, mas é justamente onde Jesus encontra a oportunidade para nos mostrar o quão minuciosos são os preceitos da ética cristã.
O primeiro item a ser analisado é como agir quando convidado. O Jornal da Ciência publicou uma frase que rapidamente ganhou popularidade: Não existe almoço grátis. Se você foi convidado para um almoço, pode ter certeza de que algo lhe será cobrado. O que Jesus ensina é nos comportamos de modo a sermos cobrados o mínimo possível, para respondermos com a máxima eficiência e isso depende diretamente na nossa postura diante do anfitrião.
E quando somos eu ou você que criamos as regras. Quando eu e você decidimos quem é quem. Sempre existiu na mente de Jesus uma definição clara dos propósitos humanos. Eles são para serem apreciados pelos homens ou para serem apreciados por Deus. Dificilmente alguém pode fazer algo que agrade os dois lados. Nesse texto Jesus também fala da intenção velada que está por trás de cada atitude. Ele explica a necessidade de se promover tamanha inversão. Se convidarmos as pessoas mais importantes, que diferença estamos fazendo nesse mundo? Os não cristãos não fazem o mesmo? Isso é o que Jesus chama de atitudes para serem vista pelos homens. Contudo, se temos um objetivo maior, temos que esquecer as glórias e o reconhecimento dos homens. Na escalada da fé o vento sopra noutra direção.
Jesus conta uma parábola sobre dois filhos que deram respostas diferentes a uma mesma ordem. Um deles disse que ia e não foi. O outro disse que não ia, mas acabou indo. No final faz a seguinte pergunta: Quem fez a vontade do pai? (Mt 21.28-32). E para o nosso espanto ele conclui a parábola dizendo assim: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precederão no reino de Deus, estabelecendo a mais impensável de todas as inversões de valores. Quem faz a vontade do Pai geralmente é aquele que mais se revolta contra ela, pois esta vontade vai sempre de encontro à nossa vontade e à apreciação dos homens. Ser humilde é uma maneira de fazer a vontade do Pai.

Leitura: Lucas 14.7-14

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