Jesus e Nicodemus por Crijn Hendricksz Volmarijn
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Voltando à minha promessa da última sexta-feira vamos
fazer algumas considerações sobre o primeiro texto em que Jesus aborda o tema exaltação e humilhação, e
que pode ser encontrado em Mateus 23.1-12.
Diz a história que Albert Schweitzer, o maior intérprete de
Bach do seu tempo, formou-se em medicina para servir como missionário em
Lambarene, na África. Tentando transportar um carregamento de equipamentos e
medicamentos que havia recebido como doação viu passar um grupo de nativos
vestidos em trajes cerimoniais. Então, resolveu pedir-lhes ajuda, ao que lhe
responderam: nós não podemos fazer trabalho braçal porque somos
espirituais. Schweitzer abaixou a cabeça e consternado disse: Eu também
queria ser espiritual, mas não posso.
Eu queria fazer oração em voz alta na praça pública, mas não
posso. Eu queria alardear as boas obras que pratico, mas não posso. Eu queria
exibir o meu conhecimento teológico ante aos menos letrados, mas não posso. Um
conjunto de procedimentos dos discípulos perante a sociedade foi uma das
preocupações de Jesus. Mais para integrar o indivíduo ao contexto do Reino de
Deus, em que as revelações da graça de Deus acontecem na maioria das vezes no
íntimo da consciência, do que propriamente distanciá-los dos fariseus, a quem
não recriminou. Apenas disse que já haviam recebido a sua recompensa. Contudo,
paro o discípulo esta é sim uma regra inflexível, pois a sua desobediência nos
leva à soberba e a exaltação de nós mesmos.
Para finalizar eu queria me valer de um chavão muito divulgado
pelo movimento neopentecostal.
Eu queria ser cabeça e não cauda, mas não posso.
Leitura: Mateus 23.1-12.
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