O cerco de Jerusalém por Nabucodonosor, pintor belga do XVI século |
É bem certo que a Bíblia nos apresenta alguns textos que
falam sobre condenação sumária. Fala em pecado imperdoável, em lançar fora onde
há choro e ranger de dentes. Porém, todo o Segundo Testamento confirma que a pré-disposição
de Deus em perdoar e abençoar é sempre maior. Em um dos textos em que a
condenação extrema é mais evidente diz que Deus visita a iniquidade dos pais
nos filhos até a terceira e quarta geração dos que o aborrecem. Não são
palavras aleatórias, mas estão contidas nos Mandamentos. Contudo, temos que considerar
também a mensagem profética que coloca termos nesse Mandamento. Ezequiel
assim profetizou: Aquele que peca é
que morre. O filho não sofrerá por causa dos pecados do pai, nem o pai, por
causa dos pecados do filho. A pessoa boa será recompensada por fazer o bem, e a
pessoa má sofrerá pelo mal que praticar. Sobre a condenação sumária o
profeta foi mais objetivo ainda: Por
que será que na terra de Israel o povo vive repetindo o ditado que diz: “Os
pais comeram uvas verdes, mas foram os dentes dos filhos que ficaram ásperos”? Juro
pela minha vida — diz o Senhor Deus — que vocês nunca mais repetirão
esse ditado em Israel. Pois a vida de todas as pessoas pertence a mim.
Tanto a vida do pai quanto a vida do filho são minhas. A pessoa que pecar é que
morrerá.
Houve um apóstolo que dizia que Jesus veio para salvar os
pecadores dos quais ele era o maior. Este homem foi um homicida frio e um
implacável perseguidor da igreja, ou seja, não podia haver alguém mais talhado
para sofrer eternamente no inferno do que ele. Porém, Deus na sua infinita
misericórdia aprouve resgatá-lo para si superando a barreira do seu enorme
pecado.
Para os que ainda não ficaram convencidos, existe um princípio
na ciência chamado a Navalha de Occan que diz o seguinte: Se em tudo o
mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a
mais correta. Seria possível que qualquer postulado já escrito sobre a doutrina
da condenação sumária se arvore a ter explicação mais simples do que esta: Onde aumentou o pecado, a graça de Deus aumentou
muito mais ainda? (Rm 5.20)
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