A pregação de João Batista por Massimo Stanzione |
A pergunta de Zacarias no evangelho de Lucas ecoa nos dias de hoje sem que tenhamos uma resposta precisa: Que virá a ser, pois, este menino? Seria a resposta dessa pergunta à consagração de João Batista como o maior profeta nascido de mulher, maior que Moisés, Isaías e Jeremias, manifesta por Jesus? Sim, mas a essa pergunta podemos acrescentar algumas outras: Que grande mistério foi esse que rondou a sua infância, juventude, ministério e morte? Seria o Batista um aliado de Jesus ou mais um dos tantos Messias rivais que surgiram em Israel?
Zacarias anunciou que seu filho precederia o Senhor; milhares de pessoas se reuniam para ouvi-lo no deserto pregando e profetizando; muitos tremiam diante de suas visões apocalípticas que falavam da chegada do fim do mundo e da vinda de um Messias. Outros veriam nele a esperança para a libertação de um governo opressor. A própria Bíblia faz questão de retratá-lo como uma figura selvagem, de olhar intmidador, acusasador e portador de uma mensagem subversiva. Na verdade, esse João era o tipo que não gostaríamos de encontrar num local deserto numa noite escura.
João encarnou o estilo dos grandes profetas do Antigo Testamento. Sua mensagem era apocalíptica, desafiava tradições, falava da salvação para os pobres e anunciava o que Deus já estava fazendo no mundo. Da sua profecia ninguém escapava. Aos sacerdotes do templo chamou-os de raça de víboras. João não somente angariou simpatizantes com sua mensagem, como também um grupo fiel de seguidores que aumentava constantemente. Um dos que veio para ouvir a mensagem de João e ser por ele batizado foi um jovem de Nazaré que tinha por nome Jesus. O texto diz que além de João se subjugar a Jesus, reconhecendo sua divindade, lhe foi também obediente, reconhecendo a sua autoridade. Mas ainda assim João Batista não teve uma resposta clara para si. Afinal, quem era esse Jesus? Era o Messias prometido desde a fundação dos séculos ou alguém que jamais foi concebido, sonhado ou profetizado: o Filho do Deus vivo?
Leitura: Lucas 3.1-16.
Nenhum comentário:
Postar um comentário