Abraão nos Portais do Céu, escultura de Lorenzo Ghiberti |
Se os cristãos de passado tivessem
adotado o costume de agregar ao nome de Deus adjetivos, deveriam chamá-lo de o
Deus da Bênção. Aquele que faz nascer o sol sobre bons e maus e faz cair a
chuva sobre justos e injustos. Alguns segmentos atuais, porém, lhe negariam por
meio de atitudes este reconhecimento. Aqueles que querem monopolizar a bênção
de Deus, fazendo dela uma conquista pessoal, algo que pode ser obtido através
de fórmulas mágicas, de expressões recitadas entre dentes e de rituais e sacrifícios
estranhos. Contudo, temos que reconhecer que alguns outros cristãos não
compactuam com eles. Aqueles que não aceitam no seu linguajar de evangélico
expressões do tipo, correr atrás da ou tomar posse da bênção. Aqueles que não entendem
a bênção como prêmio que se pode conseguir pelos próprios esforços. Aqueles que
creem, pela Bíblia, que a bênção não está na área de ter, mas na área do ser.
Pelo menos foi assim quando Deus instituiu a bênção. Ele não chamou Abraão para
ter uma bênção, não chamou para possuir uma bênção, não chamou para tomar posse
de uma bênção, não entrou com ele em uma disputa, de modo que o patriarca
conquistasse desse modo a sua bênção. Deus simplesmente chamou Abraão para ser
uma bênção. E por meio de você eu
abençoarei todos os povos do mundo (Gn 12.3).
Leitura: Genesis 12.
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