Leão de al Lat, em Palmira, destruído pelo EI tinha mais de 2000 anos |
Deus escolheu as
coisas loucas do mundo para confundir as sábias (I Co 1.22 ). Quando nasceu meu filho, eu estava
atravessando uma crise financeira das mais complicadas. Certa noite cheguei em
casa com a cabeça unicamente voltada para os meus problemas, peguei no colo
aquela criança de dias que estava com uma gripe muito forte, quase não
conseguíamos ouvir o seu choro. Foi quando o pequenino olhou para mim deu-me um
sorriso. Eu nunca senti tanta vergonha em toda a minha vida. Quando vi a
criança enfrentar a sua dificuldade com um sorriso, toda a minha capacidade de
ação e todo o meu raciocínio despencaram, e por muito pouco não caí de joelhos.
Ali eu vi que Deus realmente escolhe as coisas loucas para confundir as sábias.
O sabidão que eu julgava ser foi escancaradamente humilhado pelo simples
sorriso de uma criança. Nunca antes desses versículos Paulo havia discriminado
tantos detalhes acerca do poder da graça em inverter situações de vitória em
derrota ou vice versa. É aqui que Paulo vai nos dizer o quanto essa graça pode
nos surpreender. A palavra confundir no grego tem o significado de fazer corar,
ficar vermelho de vergonha, envergonhar-se. Não é uma simples mudança de ponto
de vista, é a humilhação total. Por meio dessa graça que Deus escolheu você,
Deus escolheu a mim. Não pelo que somos ou pelo que fizemos, mas pela sua
graça. Quando tomo ciência da profundidade do pecado da qual a graça me
libertou, lembro-me também do que disse o velho pastor batista Irland Azevedo: A graça de Deus busca a desgraça do homem
como as águas do oceano buscam as profundezas. Quanto mais profundeza, mais
água. Quanto mais desgraça, mais graça.
Leitura: I Coríntios 1.22-29
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