Quanto mais Deus

Será, então, que Deus não vai fazer justiça a favor do seu próprio povo, que grita por socorro dia e noite? Será que ele vai demorar para ajudá-lo? Leiam Lucas 19.1-8
A viúva e o juiz, Davdi Garibaldi
Meditação baseada em sermão do rev. Garrison.

Um juiz estava tendo dificuldades em manter a sua dignidade porque uma viúva estava absolutamente decidida a seguir cada passo seu. Ela ia atrás dele dia e noite em todos os lugares. De manhã cedo ela estava de pé à sua porta batendo. No mercado ela o confrontava. Intrometia-se nas conversas dele com seus colegas. No tribunal ela interrompia as sessões. Quando chegava em casa lá estava ela o esperando. O apelo dela era sempre o mesmo: ajude-me e julgue o meu caso contra o meu inimigo.

Vamos nos lembrar de que naquela época as mulheres tinham poucos direitos, e as viúvas menos direitos ainda. Os rabinos tinham uma oração diária que dizia: Ó Deus, te agradeço por não ter me criado mulher. Daí vocês podem imaginar as suas atitudes para com as viúvas. Se os religiosos oravam assim, imaginem os outros homens. Por isso, pessoas já estavam zombando dele, por sua inabilidade de ser livrar dela de vez. As pessoas zombavam dele também porque ele tinha a fama de ser intransigente e implacável, imagem que ele constantemente alimentava. Ele não temia a Deus e não respeitava ninguém, mas não sabia como enfrentar a viúva. Talvez porque essa não fosse uma mulher qualquer, pois conhecia bem os seus direitos e não ia se deixar ser lesada impunemente. Ela ia atrás da justiça onde quer que ela pudesse se manifestar. E por conta disso escolheu justamente o juiz que era o mais autoritário de todos para julgar a sua causa.

Finalmente o juiz caiu na real e resolveu: É verdade que eu não temo a Deus e também não respeito ninguém. Porém, como esta viúva continua me aborrecendo, vou dar a sentença a favor dela. Se eu não fizer isso, ela não vai parar de vir me amolar até acabar comigo. É isso mesmo: o machão, o fortão, o todo poderoso juiz chorando por causa de uma viúva. Ele não foi tão poderoso quanto pensava quando encontrou uma adversária à sua altura. E Jesus termina a parábola com uma declaração que suscita várias perguntas. Porém, aqueles que estão familiarizados com o seu humor estão preparados para ouvi-la: Será, então, que Deus não vai fazer justiça a favor do seu próprio povo, que grita por socorro dia e noite? Será que ele vai demorar para ajudá-lo? Eu afirmo a vocês que ele julgará a favor do seu povo e fará isso bem depressa. Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra?


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