Thomas More defendendo a liberdade, Vivian Forbes |
Em uma meditação bipartida postada, em maio de 2014,e que
teve esse mesmo título, analisamos uma máxima de Sócrates bastante atual para os
dias de hoje. Argumentava o filósofo: Enquanto
o sábio aponta para a lua, o idiota olha para o dedo. No texto acima Jesus,
mais uma vez, redescobre o erro apontado no pensamento de Sócrates justamente no
seu círculo de relações mais íntimo.
Muito embora, na então atual questão, o tema não fosse
propriamente apontado, como em Quem aponta, ou que aponta? I e II, mas agora
extraído de uma exortação bastante pertinente: Fiquem alertas e tomem cuidado com o fermento dos fariseus e com o
fermento de Herodes! O mais interessante disso tudo é que Jesus o fez a
partir da observação de um simples pão. É conveniente notar que Jesus não
descarta a necessidade da massa levar fermento, mas alerta para o tipo e qualidade
desse fermento. O que nos remete a atitude de um grupo de membros da Igreja de
Corinto, já bastante comentada aqui: Os espirituais de Corinto, ou seja, o
grupo que imagina não ser influenciado por um líder espiritual, um pastor ou um
padre, mas que recebe iluminação diretamente de Deus. Mas este não é o caso em
questão nesta meditação.
Jesus fala de dois tipos de fermentos que são perigosamente
influentes: o dos fariseus e o de Herodes. Então, quais seriam esses fermentos?
O fermento dos fariseus, como podemos ver no capítulo 15 de
Mateus, capítulo anterior ao que aborda este tema, Jesus fala de como estes adulteravam
o mandamento de Deus para servir aos seus próprios benefícios: Mas vocês ensinam que, se alguém tem
alguma coisa que poderia usar para ajudar os seus pais, em sinal de respeito,
mas diz: “Eu dediquei isto a Deus”, então não precisa ajudar os seus pais.
Assim vocês desprezam a mensagem de Deus para seguir os seus próprios
ensinamentos. Pessoas que através de artifícios pretensamente religiosos se eximem da obrigatoriedade de cumprir regras básicas da fé cristã. Imagino
que ele foi bastante claro e que não cabe e nem necessite de outros argumentos.
O fermento de Herodes também está vinculado a mandamentos,
não divinos, mas humanos. Sabemos bem o quanto Herodes era cumpridor do direito
romano e de como era reconhecido pelo opressor por este dado. Seu problema é ele
que colocava a lei romana acima da lei moral de Deus, e o fez em várias
ocasiões, inclusive adulterando e assassinando. Trata de pessoas que fazem uma
bifurcação entre o direito e a lei moral. Pessoas que se consideram boas e decentes,
simplesmente porque não quebraram qualquer lei humana, mas cuja a moralidade é totalmente
anticristã.
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