Queridos amigos de
Corinto, temos falado francamente e temos aberto completamente o nosso coração
para vocês. Não temos fechado o nosso coração; vocês é que têm fechado o
coração de vocês para nós. Eu falo com vocês como se vocês fossem meus filhos.
Tenham por nós os mesmos sentimentos que temos para com vocês e abram
completamente o coração de vocês para nós.
II Coríntios 6.11-13
Nós falamos em observar a Ceia do Senhor, cerimônia que a
maioria das igrejas evangélicas realiza no primeiro domingo de cada mês. Nós
falamos em Eucaristia. Falamos em receber o sacramento. Falamos em consagrar e servir
os elementos. Quando usamos a palavra comunhão é sempre no sentido de tomá-la
ou recebê-la, mas ela não tem um sinal invisível de um laço profundo, de um
vínculo indizível, de um elo permanente entre nós e Deus, e entre nós e os
outros.
Todos sabemos que os elementos da Ceia são os sinais
visíveis dessa comunhão, mas ainda assim, muitos de nós observamos a
manifestação exterior sem experimentarmos o laço interior de comunhão com Cristo,
sem o que, não há comunhão. Isso sempre representou um perigo para a igreja que
se perpetuou. Nunca foi fácil e nunca tem sido fácil também conviver com ele.
Por pensando assim, parece que há condições rígidas para tomarmos a comunhão, o
que a torna uma contradição, pois contraria a própria palavra Sacramento, que
significa favor não merecido. Vamos receber hoje aquilo que não merecemos, é um
dom gratuito, é incondicional.
Como podem existir condições para tomarmos a Ceia do Senhor?
Como pode haver condições no nosso relacionamento com Cristo quando o evangelho
nos assegura que o seu amor é incondicional e oferecido sem reserva alguma?
Paulo deixou isso tão claro quando escreveu aos romanos: não há absolutamente nada que pode nos separar do amor de Deus em Cristo.
Porém, na comunhão de uns para com os outros, Paulo falou em duas condições, e
aqui estão elas: uma é honestidade absoluta, e a outra é a predisposição de ver
as coisas como elas realmente são. Essa é condição essencial para
experimentarmos a comunhão entre irmãos. O que ele diz no nosso texto base de
hoje.
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