Feliz é aquele cujo prazer
está antes na lei do Senhor, e nela medita de dia e de noite. É como uma árvore
plantada junto a corrente de águas, que dá o seu fruto no devido tempo e cuja
folhagem não murcha. Tudo quanto faz será bem sucedido. (Salmo 1)
Texto do rev. Paulo Schütz.
Texto do rev. Paulo Schütz.
Prof. Genival, essa é sua nova aluna! - Apresentou Marisa.
Muito prazer! Genival!
O prazer é todo meu. Eu me chamo Luísa.
Você não conhecia o professor Genival? - admirou-se Marisa,
pois sabia que Luísa era fã do professor: lera todos os seus livros, assistia
suas conferências sempre que podia; num congresso, chegara até a almoçar na
mesma mesa e estar num mesmo grupo de visita.
Sim!? - Luísa também
ficou confusa - Mas não pessoalmente! Nunca tínhamos sido apresentados! - e,
voltando-se para ele, teve oportunidade de dizer o quanto o admirava e ansiava
por conhecê-lo em pessoa.
Ele, por sua vez, declarou que lembrava dela, que conhecia
seus pais, e perguntou por eles.
Uma pessoa pode conhecer outra de vista, de ouvir falar, por
seus feitos, pode até ter estado com ela, conversado com ela mais de uma vez,
mas nenhum momento é tão especial quanto aquele em que têm a oportunidade de
declarar e demonstrar pessoalmente uma a outra o prazer de se conhecerem. Mas a
verdadeira intensidade desse prazer vai se evidenciar nos encontros que se seguirão.
Eles podem até nem acontecer, ou serem apenas formais, em função das
circunstâncias, mas, quando o prazer é real, elas não ficam esperando pelo
acaso, mas se empenham em aproveitar e até mesmo em criar as oportunidades.
A repetição desses contatos proporciona o aprofundamento do
conhecimento mútuo, fazendo o desejo em estarem juntas crescer cada vez mais,
de modo que os encontros se tornam mais frequentes e prolongados, e o prazer
inicial, cada vez mais intenso, resultando daí as grandes amizades e os grandes
amores.
A propósito, você conhece a Bíblia? Sem dúvida, você já
ouviu falar muito dela, já a viu muitíssimas vezes e talvez tenha andado com
ela por aí. Com certeza, chegou mesmo a ler algumas de suas passagens. Mas
simplesmente ler a bíblia não é o mesmo que meditar na lei do senhor, o que
seria obviamente maçante ficar fazendo dia e noite sem parar e, na época do
salmista, muito poucas pessoas poderiam fazer isso, pois os exemplares que
existiam no mundo eram muito poucos e só alguns privilegiados tinham acesso a
eles. Elas literalmente decoravam as passagens que eram lidas exaustivamente no
templo e nas festas e ficavam dia e noite pensando em como incorporá-las no seu
viver, meditando.
De fato, hoje em dia se lê muito a bíblia, mesmo os que não
são cristãos, pois ela está em toda parte, praticamente em todas as casas, nos
quartos de hotéis e hospitais, salas de espera, escrita nas paredes, em panos
de prato, nos carros, etc., etc. Assim, muitos a leem até involuntariamente,
outros o fazem por motivos variados; a maioria, por obrigação; outros, para
preparar um sermão, uma palestra, um estudo, para fundamentar uma doutrina,
ideia ou prática. Há muitos que a usam até como flechas cheias de veneno
lançadas contra os adeptos de outras religiões e mesmo contra irmãos com os
quais discordam em algum ponto.
Nem sempre o prazer acompanha mesmo os motivos mais
louváveis. Assim, deixe-nos apresentá-la pessoalmente. Você terá a oportunidade
de ouvir ela própria dizer quem ela é. Ficará também surpreso quando ela
declarar o que sabe a respeito de você, e encantado ao descobrir o quanto ela o
estima. Então, sentirá de fato muito prazer em conhecê-la, a ponto de desejar
nela meditar dia e noite. O prazer crescerá à medida que esse relacionamento se
tornar mais intenso, e os frutos aparecerão naturalmente, no devido tempo.
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