Vivendo na promessa e na esperança de Cristo por Kathleen Nelson |
E perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Atos
2.42
Quase sempre caímos na tentação de privilegiar apenas um elemento
entre aqueles que levaram a igreja primitiva a angariar adeptos numa escala infinitamente
superior à obtida por qualquer outro plano de evangelização posterior ao dela.
Embora eu não seja daqueles que enaltecem a fé e a conduta dos nossos
antepassados como exemplos de perfeição, tenho que admitir que eles deixaram um
inigualável legado ao nosso mundo. A meditação que ora fazemos tem por
finalidade buscar algumas pistas que nos levem a entender por que eles
alcançaram resultados fantásticos onde hoje falhamos como igreja.
Naquela época todo mundo tinha uma religião, todos oravam e prestavam
culto a um deus. O que será que aquele pequeno grupo de seguidores de um tal de
Jesus Cristo, que nasceu numa obscura aldeia nos confins do mundo, fez para
conseguir adeptos no fundamentalismo judaico e entre os supersticiosos gentios?
Será que eles tinham algum poder mágico que nós não temos hoje? Será que eles
possuíam um tipo de atração irresistível?
Eles eram exatamente como nós, nada tinham de especial, nada
de sobrenatural, nenhuma unção diferente. Como argumento nós temos seu
testemunho e sua história. Eles contavam unicamente com os ensinamentos
dos apóstolos, a comunhão fraterna, a fração do pão e as orações, e como
motivação, apenas o amor de Deus que lhes constrangia o coração. É preciso que
nos perguntemos sempre como aqueles homens, mulheres e crianças conseguiram
usar tão eficazmente essa combinação. Perguntar o que eles fizeram para se
firmar no meio ao seu mundo de pluralidade de pensamentos, expectativas e
necessidades. Precisamos buscar nas raízes desse movimento o que acendeu essa
chama cuja luz e o calor que, passados dois mil anos, ainda nos ilumina e
aquece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário