A escolha de Barrabás, autor não identificado |
Toda religião que não diz que Deus está oculto não é
verdadeira. Blaise Pascal.
Alguém já tentou conceber como era árdua a vida de um
profeta? As bases de toda mensagem profética eram sutis e propiciavam divergências
de todas as ordens. Como denunciar a conduta idolátrica de um povo quando a
idolatria se tornou um fato comum e corriqueiro? Relatado de forma mais
compreensível nos Mandamentos, o reconhecimento da alteridade de Deus é um
fundamento de fé imutável. Então, como é não ver a face de Deus e mesmo contra
vontade abdicar de uma vida para anunciar a sua Palavra? Como é não ter
respaldo algum para suas palavras, e ser intimado a dizê-las assim mesmo,
contrariando expectativas, poderes constituídos e a própria realidade que se
mostrava divergente?
Eu sei que é bem difícil atentar para as vozes contraditórias
daqueles que por se oporem ao status quo estão sendo amordaçados e tendo seus discursos
censurados. O problema do meio ambiente é um caso clássico. Aqueles que negam e
mostram um outro quadro nunca são convidados para as mesas de debate sobre o
clima e o futuro do planeta? Quem sabe dar uma oportunidade àqueles que não
saíram na capa das revistas e jamais foi manchete de jornal?
Considerando-se que o segmento que aterroriza o mundo com o
holocausto do aquecimento global, produz lucros vultosos para si e para os países
desenvolvidos; considerando-se que a emergente competitividade de países
subdesenvolvidos está abalando seriamente a economia do velho continente; considerando-se
que há menos de trinta anos, os mesmos que arautos do aquecimento previam que a
crise mundial seria causada por um resfriamento global; considerando-se que o
Brasil é o único dos países emergentes a entrar de cabeça neste movimento, é
bom que a igreja se lembre da sua permissividade para com o nazifacismo, foi o
seu último erro de consequências mundiais. Tivemos setenta anos, curiosamente o
mesmo tempo que levou o exílio babilônico, para refletirmos sobre onde devemos
ou não colocar o nosso aval. Vamos continuar escolhendo Barrabás em vez de
Jesus?
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