Adorar em comunhão

Sincretismo brasileiro
Qual é a tarefa principal da igreja: adoração ou comunhão? Se adorar é o extremo de amar, por conseguinte não podemos a adorar a Deus a quem não vemos, e não tem comunhão com o próximo a quem vemos, é mais ou menos o que dizia João em sua primeira carta. Mas existem alguns aspectos que ainda ficam pendentes nessa questão. Por exemplo, saber quando a adoração e a comunhão se completam e quando se excluem.
A adoração perfeita começa pelo reconhecimento da distância que existe entre nós e Deus, em admitir o valor absoluto de Deus. Mas por um lado, eu posso muito bem admitir esse valor singular e não estar nem aí para o valor que o resto do mundo dá a ele. O complemento desse reconhecimento é o compartilhamento, porque essa adoração nos constrange a revelar ao mundo tudo aquilo que Deus tem feito por nós. Mas será que nós queremos de fato essa comunhão? A pergunta é boa pra mim, porque eu nunca gostei do tipo de evangelização feito na pressão, a imperiosa obrigatoriedade de se evangelizar dessa forma como sendo a única. Isso me revolta, eu chamo isso de evangelização na marra. Se evangelização é isso, eu não nasci para evangelizar. Estou fora, podem tomar de volta as minhas credenciais.
Queremos mesmo que todo joelho se dobre e que toda a língua confesse ser Jesus, o Senhor? Queremos que as outras pessoas o adorem também? Esse raciocínio nos faz concluir que o objetivo final da evangelização é a adoração. Mas a evangelização não é prestar um favor aos pobres infiéis pecadores, porque esses somos nós. Na evangelização nós estamos pedindo o favor deles para que, em comunhão conosco, nos ajudem a adorar a Deus verdadeiramente. Que eles nos ajudem a oferecer um sacrifício aceitável a Deus. Nós precisamos deles para prestar o culto verdadeiro que, nas palavras de Jesus, tem que ser em espírito e em verdade.

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