O lava-pés por Ghislaine Howard |
A decisão do ministro Lewandowviski veio para colocar termo
à controversa decisão dos magistrados que puniu severamente a agente de trânsito, salvaguardando assim o autoritarismo de um juiz flagrado em incontestável delito. Esse ultrajante condicionamento
a que as pessoas comuns e as instituições estão repetidamente sendo submetidas
só faz repetir algo que a Bíblia já afirmava há alguns milênios: o homem quer
ser Deus.
Enquanto isso, do outro lado do mundo, nos chegam notícias
de que o primeiro ministro inglês anda de metrô, que o deputado sueco não
recebe salário e que o Obama entra na fila. Ou seja, as coisas que são simples
obrigações em outras culturas são para nós motivo de assombro e perplexidade.
É nessas horas que a minha admiração pelo homem de Nazaré só
faz aumentar. O quanto a sua postura diante das pessoas comuns e diante das autoridades do seu tempo nos
ensina. Como homem público, Jesus se preocupava com a sua imagem. Não no
sentido do que os ricos e poderosos podiam pensar dele. Ele já sabia que estes
o chamavam de glutão, beberrão, príncipe dos demônios e de Belzebu. Mas no
sentido de que as pessoas não o tivessem em uma conta diferente da que ele se
propusera assumir: o que dizem os homens
ser o Filho do Homem? Para esse pergunta obteve as respostas mais polêmicas, mas nenhuma que revelasse a sua verdadeira identidade. Mesmo aos espíritos imundos que imputavam-lhe uma identidade que poderia muito bem ser a derradeira, ele mandava que se calassem.
Somente mais tarde, quando Paulo resolveu tornar conhecido
um hino que a igreja de Filipos cantava é que o sua face mais verdadeira foi
revelada: Ele tinha a natureza de Deus, mas
não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era
seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual
aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e
obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz (Fp 2.6-8).
Ou seja: Deus quis ser igual ao homem.
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