Terremoto no Haiti em 2011(foto Diário Liberdade) |
As catástrofes que têm se abatido em vários lugares não são, de forma alguma, prenúncios da volta de Jesus, embora sejam excelentes oportunidades para pessoas insistirem a repetir aquilo que os estudiosos chamam de “o desabafo joanino”: O mundo jaz no maligno. Não tenho conhecimento profundo das causas que resultaram em algumas tragédias naturais. Porém, algumas tantas outras que ocorreram ou que estão prestes a ocorrer, não tenho o menor receio em colocar a maldade e o egoísmo humanos como suas únicas origens. Como por exemplo as pessoas que são obrigadas a morar em locais de alta periculosidade ou trabalham ou estudam em locais propícios à criminalidade. Uma coisa eu aprendi com o mestre Boff: de nada adianta vivemos de maneira tão predatória para depois suplicarmos a Deus que nos livre de todas as consequências desse aviltamento. Mas são nas palavras de Isaías que nos deparamos com a importância que Deus dá ao aflito. Sem discutir os motivos do sofrimento o profeta apresenta um Deus pronto a reconstruir uma aliança que foi quebrada pela maldade humana. Comparado ao sentimento materno, o cuidado de Deus é ainda mais presente e mais eficaz. Alguém disse: A obrigação da humanidade assumiu em reduzir a injustiça na Terra está sendo expressa por uma explosão de generosidade que refuta o cinismo do ateísmo. A missão do cristianismo não é pregar um mundo sem tragédias e sem violência, isso seria a plenitude do Reino de Deus. Sua função, enquanto esse reino não chega, é de dizer que Deus se importa e que sofre junto. Stanley Jones dizia: A ideia que a fé cristã oferece uma fuga ao sofrimento, é completamente estranha a essa fé. O destino nos lança, inevitavelmente, um punhal. Ninguém escapa. Se o segurarmos pela lâmina, nos feriremos. Mas se o segurarmos pelo cabo, poderemos usá-lo como instrumento de defesa. Quando a vida colocou uma cruz diante de Cristo, ele tomou o que de pior podia lhe acontecer e transformou no que de melhor poderia nos ocorrer.
Leitura: Isaías 49.1-9
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