O zelo de Deus, Ten Main |
Existe em algumas igrejas uma tendência a negar prescrições
contidas no Primeiro Testamento. Para esses, o único mandamento da Bíblia
hebraica que ainda é vigente é o do dízimo. Mas quando alguém faz
isso, deixa de lado importantes doutrinas bíblicas e uma delas é a que diz que
o nosso Deus é um Deus zeloso. Algumas traduções chegam a afirmar que Deus é
ciumento. Deus é único, antes dele não houve, depois dele não haverá,
dizia Isaías. Assim como ele é único, a sua ação e a sua revelação também são
únicas. Deus não pode ser encontrado por meio de observação dos fenômenos da
natureza e nem por qualquer mergulho na existência humana. Quando perdemos essa
noção de revelação única deixamos de perceber o inominável abismo que existe
entre ele e os deuses cultuados através dos elementos naturais. Quando isso
acontece, permitimos a nós mesmos imaginar que qualquer forma de adoração é
válida, porque a intenção é o que fala mais alto.
Algumas conclusões podemos tirar dessas situações concretas:
O pecado passa a ser considerado uma aberração ou algo que aconteceu, mas que
não deveria ter acontecido. O status quo de cristãos nos colocou em
um estágio superior. Neste estágio podemos até sentir-nos culpados,
lamentarmos, mas, por desconhecimento da vontade de Deus, passamos longe da
contrição, do arrependimento e não sentimos a experiência da necessidade
imperiosa de perdão. Certos procedimentos que visam aproximar o homem da
divindade, como normalmente acontece nas religiões pagãs, fazem supor que o
indivíduo tem o poder de, por seus próprios esforços, chegar à iluminação, à
consciência superior acima do bem e do mal, e, porque não dizer, à santidade.
Isso é completamente estranho à fé cristã, porque a Bíblia diz exatamente o
oposto. Quanto mais perto de Deus tentamos chegar, mas se revelará a nossa
degradação. Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros,
habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor
dos Exércitos! (Is 6.5) Diferente é o nosso Deus que de forma alguma vai
aceitar um “foi mal” como desculpa, uma oferta generosa como suborno, uma
maquiagem como sinal de transformação. Ele zela pelo seu nome, para que esse
nome seja exaltado entre os pagãos e para que venha dele, e não do sol ou
qualquer outro astro a única luz que guie o seu povo. Nunca mais te
servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas
o Senhor será a tua luz perpétua, e o teu Deus, a tua glória. (Isaías 60.19)
Leitura: Exodo 32.1-14
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