Administrador desonesto por Eugene Burnand |
Vale a pena ser esperto? Devemos viver nossas vidas
conspirando? A manipulação e a esperteza são virtudes? Conhecemos alguém para quem
nada é caro demais ou penoso demais para conseguir o que deseja? Conhecem
alguém cuja determinação, o empenho e o esforço visem apenas conseguir sucesso?
Claro que sim! Esses são os valores mais inestimáveis para o nosso mundo. Já
imaginaram como seria a igreja se nós os cristãos tivéssemos determinação para
seguir o ensinamento de Cristo tal qual o mundo tem na busca do sucesso? Esse é
o ponto central da parábola do administrador desonesto. Jesus contava parábolas
para transmitir uma mensagem única, então não podemos nos fixar nas entrelinhas
porque nos perderíamos num emaranhado de ideias que nada tem a ver com o tema
central da parábola: o que esperteza faz para sobreviver.
Os brasileiros conhecem bem esse tipo de manobra para
angariar simpatia, apoio e até alguns votos. Mas a questão principal é a reação
do patrão, quando descobriu o embuste. Ele ficou furioso, não ficou? Ele chamou
a polícia, não chamou? Ele mandou o administrador para a cadeia, não mandou? Não
fez nada disso não. Pelo contrário, ele o elogiou pela sua esperteza.
A parábola é atual demais para passar em branco. Ela parece
que foi escrita em um panfleto para ser distribuído na saída de uma sessão da
Câmara, do Congresso ou do STF. Ela detalha minuciosamente tudo o que o nosso
executivo, o nosso legislativo e o nosso judiciário estão fazendo para
sobreviver.
Leitura: Lucas 16.1-13
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