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Texto do rev. Jonas Rezende.
Se fizermos uma leitura especial da caminhada do povo bíblico pelo deserto buscando uma relação com o que também acontece conosco, vamos perceber a oportunidade desta severa repreensão divina. Afinal, a ação libertadora era mostrada a cada passo: o jugo do Faraó estava sendo quebrado, e a posse da terra tomava-se cada vez mais concreta.
A todo tempo, porém, o povo murmurava, queixava-se, como se desejasse chegar a Canaã sem despender esforço algum; quem sabe, num confortável tapete mágico? Agora, às margens do Mar Vermelho, surgem novas lamúrias ditadas pelo medo e a insatisfação. Observe como então as palavras de Deus a Moisés têm um quê de ironia e enorme dose de reprovação: “Por que você clama a mim? Diga aos filhos de Israel que marchem.”
Se você ler todo o relato, vai perceber que há duas ideias básicas em jogo: a iniciativa divina e a responsabilidade humana. Deus age. Ele se compromete com o homem. É o Senhor da História.
Identifica-se conosco, através de Jesus Cristo. Mas é exatamente em nome dessa ação libertadora irrestrita que Deus alerta o seu povo: “Marche!”
Um passo de cada vez, o comprometimento de cada dia, a construção possível a cada etapa — e o nosso caminho vai sendo formado.
Os milagres, na bíblia, não são fáceis. A participação humana é continuamente requerida. E o grande milagre é nossa vivência do amor-em-ação por todos os homens. Milagre capaz de criar “um novo céu e uma nova terra”.
Meu pai, um velho militar, costumava cantar comigo ao colo:
Para a frente, o que importa a jornada,
temporal de inclemência, e sol?
Quem for fraco que fique na estrada,
que a vanguarda é o lugar dos heróis.
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