A semente de mostarda II

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A primeira coisa que Jesus quer que descubramos na parábola da semente de mostarda sobre o Reino de Deus é o poder do pequeno, do insignificante. Uma análise profunda pode nos ajudar nisso. Para Jesus, o tamanho não constitui um problema porque Deus mantem todo o processo sob seu controle até o resultado final.

Vamos ver as comparações que ele fez. Versículo 31: um homem pega e semeia na sua terra. Não temos dúvida que o homem a quem se refere na parábola é Deus, e que a sua terra é o nosso mundo. O Senhor Deus mesmo é o semeador da pequena semente que se crescerá a proporções gigantescas. A semente é seu dom de fé em nós, e quando esse dom de fé que ele planta em nós cresce, então nós podemos ser plantados no mundo como exemplos daquilo que Deus pode fazer para curar desde um pequeno desânimo até o maior desespero.

A própria vida de Jesus e seu ministério aqui na Terra são sinais evidentes do significado da parábola. Deus plantou uma semente tão pequena no mundo que apenas uns poucos magos do oriente perceberam, mais ninguém. Na perspectiva do Natal ele plantou a semente em Belém, uma terra não muito valorizada. Mas a semente cresceu em estatura e sabedoria. Mais tarde essa semente saiu pelo mundo proclamando as boas notícias do Reino de Deus. Sua mensagem de amor libertava o povo. A cruz e a ressurreição vieram em consequência de tudo isso. Um crescimento infatigável, até que o nascimento da igreja no Pentecostes expandiram de uma vez por todas o seu poder. Uma árvore de mostarda que foi plantada em uma semente tão pequena que o mundo nem se deu conta do que estava acontecendo. Esta árvore de mostarda é hoje um avassalador movimento universal que está posto resolutamente neste nosso mundo. Um começo insignificante para um movimento tão significativo, e que terá, só Deus sabe quando, um resultado final triunfante.

Quando Jesus contou esta parábola ele queria que os seus seguidores pudessem crer que aquilo que estava acontecendo diante dos seus olhos era o início da transformação do mundo. O Deus eterno estava trabalhando neste homem, Jesus Cristo. Deus estava agindo através desse seu filho único, e Jesus iria dar continuidade a essa obra de Deus através deles, e de todos os discípulos, que ao longo da História se dispusessem a segui-lo. O mesmo milagre acontece hoje em nós.

Isso nos guia a segunda parte daquilo que Jesus quer que descubramos. Vocês se recordam daquilo que Jesus disse em Mt 17.20 - Lembrem-se disso: se tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de um grão de mostarda... Quando estamos sendo tentados a desanimar e quando parece que nada vai mudar esse mundo, então é preciso que nos lembremos que não é o tamanho da nossa fé, mas é a intensidade do poder de Deus que faz a diferença. Quer tenhamos fé ou não tenhamos fé, Deus vai fazer acontecer de qualquer maneira. Não é o tamanho da nossa fé que conta, mas a imensidão da sua graça que está trabalhando nesse mundo.

Aqui Jesus transfere a atenção que normalmente damos à insuficiência da nossa fé, que é de fato insuficiente, para a vastidão dos recursos que Deus dispõe para o crescimento do seu Reino e a transformação deste mundo. Tudo é que temos que fazer é continuar plantando a semente dessa fé, ficar atentos ao mover do seu Espírito nesse mundo, e deixar o resultado com ele. É apenas e tão somente nisso que precisamos ter fé. Então, é melhor que foquemos a nossa preocupação no povo, nos seus problemas, nas responsabilidades que nos frustram e nos desanimam e não no tamanho da nossa fé.

Não fomos chamados para ser o interruptor de uma corrente elétrica de potência absurda. Nossa tarefa nesse mundo é apenas ligar esse interruptor. Nossa tarefa nos colocarmos a disposição de Deus para que ele aja à sua maneira nesse nosso mundo. (continua)

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