Hebreus no Egito |
John 3.16
Trabalho forçado (corveia). Os reis do Oriente Antigo, para o cultivo de suas terras e para a construção de seus grandes edifícios, lançavam mão, geralmente, do trabalho forçado. Esse distingue-se da escravidão pelo fato de ser feito a serviço do rei, não de uma pessoa particular, muitas vezes também pelo seu caráter temporário.
Trabalho forçado (corveia). Os reis do Oriente Antigo, para o cultivo de suas terras e para a construção de seus grandes edifícios, lançavam mão, geralmente, do trabalho forçado. Esse distingue-se da escravidão pelo fato de ser feito a serviço do rei, não de uma pessoa particular, muitas vezes também pelo seu caráter temporário.
Para esses trabalhos forçado s usavam-se os prisioneiros de
guerra (Is 31.8) ou os povos subjugados (Dt 20.11; Js 16.10; 17.13), mas também
as classes mais baixas da população, as quais, cada ano durante algum tempo,
tinham que trabalhar nos domínios do rei, podendo ser mobilizadas também para
outros serviços. Em determinadas situações fazia-se um apelo à população
inteira. Os israelitas conheceram o trabalho forçado pela primeira vez no
Egito. Como sendo uma minoria estrangeira, foram aproveitados para a construção
de novas cidades (Ex 1). Eram subordinados a funcionários egípcios (Ex 1.11; 3.7;
5.6,10,13), que tinham debaixo de si funcionários ou escrivães israelitas,
responsáveis pela execução do trabalho encomendado (Ex 5.6-19).
Em Canaã, a tribo de Issacar parece ter voltado desde cedo à
mesma sorte que lhe coubera no Egito (Gn 49.15). Depois da instituição da
realeza em Israel o trabalho forçado foi introduzido também sem demora. Já
começou sob Davi (II Sm 12.31) e o fenício Adurão era o superintendente (20.24).
Por Salomão o trabalho forçado foi organizado sistematicamente, para a
construção do templo, etc. (l Rs 5.27. O mesmo Adurão dirigia os trabalhos (l
Rs 4.6; 5.28; 12.18); mais tarde Jeroboão foi constituído superintendente dos trabalhos
forçados da casa de José (l Rs 11.28).
Sob Salomão não apenas a população cananeia, mas também os
cidadãos livres, israelitas, foram convocados para o trabalho forçado (l Rs 5.27;
11.28; veja porém 9.20-22). Isso tornou-se uma das causas do cisma do reino do
norte. Além de Adurão são mencionados ainda uma espécie de contra- mestres ou
fiscais, que dirigiam de fato o trabalho forçado (9.23).
A existência do trabalho forçado sob os reis posteriores (l Rs
15.22; Ne 2.17ss; Jr 22.13) foi confirmada por uma carta hebraica do século
VII, encontrada há pouco tempo em Jâmnia. É difícil de dizer, com os poucos
dados que temos, se esses serviços, bem como outros departamentos do governo,
eram organizados segundo o exemplo egípcio, ou se devemos pensar antes em
influências fenícias (Adurão).
Na pregação do Deuteronômio a lembrança da escravidão do
Egito é usada como motivo para dispor o israelita à clemência para com
estrangeiros e escravos no próprio país (Dt 15.15; 16.12; 24.18.-22). Para um
homem livre o trabalho forçado sempre era um peso, um jugo que amargurava a vida
(Ex 6.6; Lv 26.13; l Rs 12,4-9).
Fonte: Dicionário Enciclopédico da Bíblia, A. VAN DEN BORN
Fonte: Dicionário Enciclopédico da Bíblia, A. VAN DEN BORN
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