É chegada a
hora. Jesus Cristo (João 17.1)
A agonia da indecisão, vcrimson |
Texto do rev. Jonas Rezende.
Há alguns
anos, Walter Kaufmann, professor da Universidade de Princeton, escreveu importante
livro sobre o problema da indecisão, livro que, infelizmente, ainda não foi
traduzido para o português. Kaufmann, preocupado em denunciar uma das marcas de
nossa civilização, cria uma palavra nova, um neologismo: decidofobia, o medo de
assumir decisões. Como o avestruz, que esconde a cabeça na areia durante as
tempestades, mostra Walter Kaufmann que também podemos nos esconder ou fugir
por inúmeros motivos. E aponta vários esconderijos do homem moderno: a
política, a filosofia, a religião; até o casamento.
As
observações do pensador são sérias e oportunas. Creio que a decidofobia não é
problema somente de nossa civilização, mas do ser humano em todos os tempos.
Esta a razão da importância ainda maior da postura decidida e consciente de
Jesus, quando confidencia ao Pai em oração, diante dos desafios que terminariam
por levá-lo à cruz: “E chegada a hora.”
O mal não
está em vacilar perante uma grande escolha, pois ter medo é próprio do ser
humano. O mal é ficar eternamente indefinido, indeciso.
Há momentos,
como você sabe, em que a posição de equilíbrio de Aristóteles — “A virtude
esta no
meio” — não tem validade. E uma posição mais radical deve ser assumida: “é
chegada a hora.”
E chegada a
hora.
Hora do
amor.
Do perdão.
Hora da
verdade.
Da vida cristã
integral.
Hora de uma
fé que transporte montanhas
e da
esperança acima da catástrofe.
Como, então,
Senhor, não decidir?
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