A Escada de Jacó, Karen A. Atkins |
Também vós mesmos,
como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio
santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por
intermédio de Jesus Cristo. I Pedro 2.5
Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu
vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. João 14-2
A meditação desse blog mais discutida esta semana, não nos
comentários, mas no Facebook, foi a colaboração sempre bem vinda e inspirada
do meu pastor, o rev. Jonas Rezende. O tema foi justamente esse: Existe uma casa de Deus? Entre habitações do Espírito Santo e relativização da importância
dos templos surgiram opiniões firmes e concisas, as quais eu ainda não tinha
respondido por estar envolvido no projeto de reestruturação total do blog, o
que está me tomando um tempo considerável. Aproveitando a oportunidade de
fazê-lo agora, respondo a questão com um sim e um não.
Porém, antes de tudo, eu gostaria de fazer um breve
retrospecto sobre as origens da ideia de casa de Deus, e de como a razão humana
a tem concebido ao longo do tempo.
Para o caldeu primitivo, a casa de Deus e o lugar de onde
ele assistia era o céu. Não o céu dos passarinhos, mas o dos astronautas, pois
na tentativa de alcançá-lo exauriram seus esforços construindo zigurates cada
vez mais altos. A Torre de Babel é um belo exemplar desse empreendimento. Mas,
segundo o escritor do Gênesis, o patriarca bíblico Jacó foi o precursor da
ideia da casa de Deus ser aqui na Terra. Não a concebeu sob a forma de um
templo majestoso, como os do seu país de origem, mas em um lugar vasto e sombrio,
que a crença dos habitantes supunha ser local de demônios. Na sua empírica
experiência após uma noite de sonhos e assombramentos, também citada pelo
Jonas, Jacó afirma: Gn. 28.18 - Na
verdade, o Senhor nesse lugar e eu não sabia.
O profetismo bíblico levou essa concepção mais adiante e
entendeu que Israel fora o povo escolhido por Deus para viver de tal maneira em
justiça e verdade que constrangesse as nações vizinhas a fazerem o mesmo, motivadas
pela força de um exemplo que teria dado certo se fosse levado a cabo como
planejado. Esta já é uma concepção mais próxima do que entendemos hoje ser a
igreja, pois existe aí um trabalho conjunto de construção de um local onde a
vontade de Deus prevalece acima da vontade dos homens. Consignando assim o
princípio de um casa onde Deus detém toda autoridade e poder sobre os que lá
congregam.
Jesus, por sua vez veio ampliar, em muito, esses estreitos
limites. E em todo seu ministério terreno, esse foi o seu grande objetivo, pois
viveu e morreu para anunciar que mais do que uma simples casa, Deus estava se
empenhando na construção de um Reino e que este Reino começaria com ele e com
aqueles que assumissem sobre si a tarefa de ajudá-lo na construção.
A sua morte cruenta e injusta criou uma expectativa negativa
quanto o cumprimento das promessas feitas em sua pregação. A decepção dos
discípulos era flagrante e alguns dos mais chegados já tinham resolvido
abandonar o projeto e voltado às suas antigas atividades, pois haviam perdido
três anos de suas vidas seguindo o Messias errado: Lc 24.21 - Ora, nós esperávamos que fosse ele quem
havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia
desde que tais coisas sucederam.
Mas aconteceu uma reviravolta inesperada. Aqueles homens e
mulheres decepcionados e temerosos, de uma hora para outra, tomaram as ruas, as
praças e as sinagogas para anunciar que o projeto de Deus estava mais vivo do
que nunca, pois aqueles a quem os judeus crucificaram, Deus o fez Senhor e
Cristo. Todas as promessas tinham mais do que simples palavras, pois levavam o
aval daquele que estivera morto e ressurgiu vencendo a morte.
Um comentário:
Já descobrir e olho quase todos os dias para o portão da casa de Deus!
Pesquise sobre Orion e achará muitas respostas!
Postar um comentário