A Voz que clama no Deserto, Giovanni di Paolo di Grazia em 1399 |
Texto do rev.
Jonas Rezende
Entre os
estudantes de Teologia é conhecida a recomendação do suíço Karl Barth. Para uma
participação consciente nos desafios da nossa sociedade, temos de ter a Bíblia
em uma das mãos e, na outra, o jornal. Conhecer a vontade de Deus, mas também
estar informado dos acontecimentos, por dentro do noticiário.
Cada vez mais os problemas locais têm reflexos na bolsa de valores, no mundo globalizado deste início do século XXI. Quase mais nada deixa de ser de todos, embora as revoltas no Carandiru, o descaso com os nossos velhos em depósitos humanos, chamados cinicamente casas de repouso, e as reivindicações dos Sem-Terra falem mais de perto ao coração brasileiro. Mas há o Oriente Médio, onde se matam parentes de judeus e palestinos da nossa rua da Alfândega, aqui no Rio de Janeiro. A agressão fundamentalista contra as gigantescas imagens de Buda e os seus 1500 anos de História, pelos talibãs do Afeganistão, que magoam, porque estão magoados, o coração dos nossos pacíficos irmãos budistas, no bairro de Santa Teresa. E essa escalada de violência, o universo das drogas, dos preconceitos, apesar do dia de todos os santos e das comemorações internacionais de quase tudo. E os refugiados que não são recebidos nem mesmo nos países que os colonizaram, E a destruição ecológica. E as guerras religiosas dos cruzados do terceiro milênio. E as inquisições. E os falsos contos de fada de nossas novelas televisivas. E as crianças que nascem na rua há três ou mais gerações. E os comerciantes da fé, os pastores eletrônicos, os falsos messias, a manipulação do demônio e dos milagres. E a plataforma da Petrobras que afunda como o Titanic. Ah! o jornal que nos agride a cada manhã. E a teimosia do Deus bíblico em falar que, apesar de tudo, é possível um novo céu e uma nova terra... E a nossa teimosia em responder, apesar de tudo: amém. E a ânsia insubornável de orar com Davi este salmo que está diante de nós: Compadece-te de mim, ó Senhor, pois a ti clamo de contínuo. Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma. Pois tu, Senhor, és bom e compassivo, abundante de benignidade para com todos os que invocam. Escuta, Senhor, a minha oração, e atende a voz das minhas súplicas... Todas as nações que fizeste virão, prostrar-se-ão diante de ti, Senhor; e glorificarão o teu nome. Pois tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus... Pois grande é a tua misericórdia para comigo; e me livraste a alma do mais profundo poder da morte.
Cada vez mais os problemas locais têm reflexos na bolsa de valores, no mundo globalizado deste início do século XXI. Quase mais nada deixa de ser de todos, embora as revoltas no Carandiru, o descaso com os nossos velhos em depósitos humanos, chamados cinicamente casas de repouso, e as reivindicações dos Sem-Terra falem mais de perto ao coração brasileiro. Mas há o Oriente Médio, onde se matam parentes de judeus e palestinos da nossa rua da Alfândega, aqui no Rio de Janeiro. A agressão fundamentalista contra as gigantescas imagens de Buda e os seus 1500 anos de História, pelos talibãs do Afeganistão, que magoam, porque estão magoados, o coração dos nossos pacíficos irmãos budistas, no bairro de Santa Teresa. E essa escalada de violência, o universo das drogas, dos preconceitos, apesar do dia de todos os santos e das comemorações internacionais de quase tudo. E os refugiados que não são recebidos nem mesmo nos países que os colonizaram, E a destruição ecológica. E as guerras religiosas dos cruzados do terceiro milênio. E as inquisições. E os falsos contos de fada de nossas novelas televisivas. E as crianças que nascem na rua há três ou mais gerações. E os comerciantes da fé, os pastores eletrônicos, os falsos messias, a manipulação do demônio e dos milagres. E a plataforma da Petrobras que afunda como o Titanic. Ah! o jornal que nos agride a cada manhã. E a teimosia do Deus bíblico em falar que, apesar de tudo, é possível um novo céu e uma nova terra... E a nossa teimosia em responder, apesar de tudo: amém. E a ânsia insubornável de orar com Davi este salmo que está diante de nós: Compadece-te de mim, ó Senhor, pois a ti clamo de contínuo. Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma. Pois tu, Senhor, és bom e compassivo, abundante de benignidade para com todos os que invocam. Escuta, Senhor, a minha oração, e atende a voz das minhas súplicas... Todas as nações que fizeste virão, prostrar-se-ão diante de ti, Senhor; e glorificarão o teu nome. Pois tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus... Pois grande é a tua misericórdia para comigo; e me livraste a alma do mais profundo poder da morte.
E nesse
contexto de súplica e confiança que o salmista declara: ensina-me, Senhor, o
teu caminho, e andarei na tua verdade.
Temos de nos
preparar para o presente-futuro que vivemos, no caminho que Deus nos ensina.
Com a Bíblia e o jornal. E com uma vida de inspiradora comunhão com Deus.
Conhecendo
os desafios do Senhor, na fronteira onde ele nos coloca, aceitamos, com a mesma
fé do rei Davi, a tarefa que nos é destinada, nesses dias de trevas e sem paz.
E nos aproximamos dele com um cântico sem idade:
Estou pronto a fazer o
que queres, Senhor,
confiado no teu poder.
Estou pronto a dizer o
que queres, Senhor,
e como tu queres vou
ser.
Um comentário:
AMÉM.
Postar um comentário