Rupturas com o Judaísmo - Parte VII


Fidelidade: prosperidade ou perseguição?

Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. Deuteronômio 28.2-4

 

Tudo isso será o início das dores. Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa. Mateus 24.8-11

 

Muito embora plenamente distorcidas, as promessas de prosperidade, segurança e saúde da antiga aliança são hoje as grandes motivações evangelísticas nos púlpitos da maioria das nossas igrejas. Fazendo a referência, fora do contexto, à profecia de Malaquias 3, em que o profeta condena com veemência os roubadores do dízimo, os manipuladores da fé se valem dela para ameaçar os membros inadimplentes nas suas congregações com os horrores do gafanhoto devorador e do quinto dos infernos. Contudo, omitem o fato de que texto, que é iniciado no capítulo 2, diz respeito a eles mesmos: Agora, ó sacerdotes, para vós outros é este mandamento. Ou seja, os sacerdotes atuais fazem uso desta profecia, que é uma denúncia dirigida diretamente a eles, para extorquir, sem qualquer escrúpulo, os membros da sua congregação.

 

Como se isso não fosse iniquidade suficiente para fazer transbordar a taça da ira de Deus, ainda usam o fruto desta delinquência em benefício próprio, adquirindo fazendas, mansões, carros, relógios e até cachorros. Depondo contra esse absurdo temos a nossa própria história que diz que foi justamente nos períodos de maior escassez de recursos materiais que a igreja experimentou seu maior crescimento quantitativo e qualitativo. Quando a igreja não tinha ouro nem prata ela pôde viver e compartilhar o seu bem mais precioso: o Evangelho. O poder de Deus que efetivamente vence o mal, a opressão, a injustiça e nos conduz ao caminho da verdade.

 

É da profundidade e da seriedade da mensagem deste evangelho que surge o divisor de águas definitivo ente a aliança da cruz e as promessas a Abraão. Contudo, ainda persistem aqueles que permanecem fiéis às promessas da antiga aliança, na ilusão das riquezas terrenas, uma das tantas heranças do Judaísmo que entre nós se fizeram eternas. Em contrapartida, Deus reservou para si setecentos servos que não dobraram seus joelhos ante ao gigantesco Mamom dos nossos dias. Esses, mesmo sabendo que serão perseguidos, condenados à morte odiados por todas as nações por sua fidelidade ao Cristo, prosseguem firmes no propósito de serem a imagem e semelhança deste que os salvou. (Continua) (Anterior)


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