São Tomé, Modern Disciples |
Se eu não vir o sinal
dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser
a minha mão no lado dele, não vou crer! João 20.25
A igreja nascente carecia muito de adeptos que a divulgassem
e de testemunhas que a afirmassem. Mas não precisava nem um pouco de críticos para
contestá-la. Ainda era muito cedo para André fazer uma coisa como essa. Não
havido nenhum confronto com outra doutrina, ainda não tinha acontecido nenhuma
controvérsia com outros religiosos e a fé cristã já estava emperrada em si
mesma, já estava travada dentro das suas próprias convicções. Nem bem a comoção
causada pela paixão de Cristo havia sido absorvida e já havia dissidentes na
igreja. Esse espanto se torna maior ainda porque este fato não aconteceu no
grupo grande dos discípulos de Jesus, que segundo as escrituras eram bem mais
do que os setenta, mas no estreito círculo dos doze que escolheu para segui-lo
mais de perto.
Entre os doze que puderam testemunhar todo o seu ministério,
os doze escolhidos a dedo. Quando Jesus fala: Não foram vocês que me escolheram, mas eu que escolhi vocês, alguns
cristãos de hoje não aceitam. Pelo menos é o que se canta na letra de algumas
músicas modernas: eu decidi te servir, eu
vou te adorar etc. Mas aqueles doze, não. Eles podiam contestar a fé de
forma alguma. Foram escolhidos um por um, sem pressão e sem indicação pelo
próprio Jesus.
Jesus iniciou um colegiado, mas parece que Tomé criou um
grupo de estudo à parte, pois o que mais se ouve hoje nas igrejas hoje em dia é
que é preciso ver para crer. Gente que se orgulha de ser como São Tomé. Se não
exatamente com essas palavras, mas um conceito bem definido, principalmente
pelas doutrinas triunfalistas, onde o poder de Deus está sempre em questão. Em igrejas
que se pede que ele cada vez mais manifeste o seu poder para que mais pessoas
alcancem as bênçãos desejadas e assim passem a crer nele. Para que pessoas
sejam levadas à verdade por meio de sinais incontestáveis. As mensagens que são
pregadas sobre Deus são muito semelhantes a uma campanha política. Mostra-se de
antemão as vantagens que Deus pode proporcionar de uma forma tão mercantilizada
que ele parece mais um candidato a Deus. Nada parecido com o Deus soberano e
todo poderoso que ensina a Bíblia.
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