Onde a igreja não é o prédio mais alto

Projeção do Templo de Diana,em Éfeso, atual Turquia
O templo de Diana em Éfeso não era somente mais uma maravilha, era simplesmente a maravilha das maravilhas. A mais bela obra da engenharia até então foi dedicada à deusa pagã da guerra. Este fato não causa nenhum espanto, pois somente uma coisa refreava os romanos na sua ânsia de morte e de conquistas: a necessidade de fazer escravos. É neste contexto que nasceu uma pequena igreja e frágil igreja cristã. Imaginar que ela sobrevivesse já seria excepcional, Mas ela não se limitou a prosperar, o que seria muito além do esperado, ela projetou a sua fé em Deus e o amor para com o próximo para além de suas fronteiras. No entanto, Paulo exigiu ainda mais e lhe lançou três novos desafios por meio de uma bem formulada oração: que os cristãos de Éfeso viessem a entender qual é a natureza da esperança da vocação para a qual eles foram chamados; que venham a conhecer a riqueza da glória da herança dos santos; o conhecimento da dimensão exata da grandeza do poder de Deus. Tento imaginar o quanto foi difícil para Paulo transmitir esse ensinamento a pessoas que viviam debaixo do poder absoluto do mais grandioso império que a humanidade conheceu. Fico, da mesma maneira tentando descobrir o porquê da doideira desse apóstolo pedir algo tão acima da possibilidade de uma igreja tão nova e tão pequena. Pode realmente parecer absurdo, mas é a oração mais apropriada para a igreja fazer nos conturbados dias de hoje. Mesmo quando ainda nova e insignificante: crescer, para chegar a ser pequena; ter uma fé poderosa que lhe propicie sobreviver a opressões maiores a mais cruéis; esperar, quando todas as esperanças se houverem esvaído. Ter os olhos fixos em uma herança que nem os olhos viram, nem os ouvidos ouviram, e que coração jamais antes penetrou em coração humano.


Leitura: Efésios 1.15-23.

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