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Então, formou o Senhor
Deus ao homem do pó da terra
e lhe soprou nas
narinas o fôlego da vida,
e o homem passou a ser
alma vivente.
Genesis 2.7
Texto do rev. Paulo Schütz extraído do blog www.plebemaldita.blogspot.com.br/
Como você visualiza a cena descrita no versículo acima?
Costumamos imaginar um velhinho de barbas brancas, vestido à oriental, ao lado
de uma fonte de água, um rio, poço, ou simples cacimba, moldando um boneco de
barro e depois soprando em suas narinas. Observe que todos esses elementos
foram introduzidos por nossa própria conta; o velhinho, a barba, o vestuário, a
fonte... não constam do texto. E essa imagem mais parece fazer parte de uma
historinha infantil e talvez não corresponda à magnitude do evento.
Poderíamos igualmente descrevê-la de várias outras maneiras.
Seríamos talvez ainda mais fieis ao texto sagrado se imaginássemos o Espírito
que pairava sobre as águas, mencionado no segundo versículo do Gênesis,
levantando a poeira do solo como um redemoinho e consolidando-a na forma de uma
pessoa humana e, por fim, introduzindo um pouco de ar nos orifícios nasais.
Estaria mais conforme a inúmeras outras ações divinas espetaculares de que
temos notícia. Por outro lado, pode ser confundida como uma daquelas incríveis
tomadas cinematográficas que ninguém leva a sério.
As ciências, por sua vez, descrevem o episódio formação do
homem obedecendo a um processo bem mais complexo, pois não se concentram apenas
na respiração, mas visam todas as funções vitais de nosso corpo. Essa versão
não menciona a ação divina, mas é tão compatível com o texto sagrado quanto as
mencionadas nos parágrafos anteriores, e com tantas quantas a inventividade
humana possa criar. Para quem crê, o Deus que transparece por trás dela faz-se muito
maior, mais poderoso, do que um simples oleiro esculpidor de bonecos de barro,
sem desprezar a dignidade de que se reveste esse ofício. No mais, sem a versão
científica, seriam impensáveis a medicina moderna e os conhecimentos sobre as
funcionalidades do corpo humano, com seus insondáveis benefícios que elevam a
cada dia a qualidade de vida de todos nós a patamares sempre surpreendentes.
Sem dúvida, por trás disso tudo tem que ter o dedo, ou o sopro, de Deus. Quem
tem olhos para ver veja.
Mas a versão bíblica, a mais simples, que tão pouco informa
sobre a funcionalidade do corpo, do mundo e do universo, é que nos
ensina sobre o mais importante, o mais vital, muito maior do que todas as
ciências juntas possam alcançar: Deus fez. Fico com essa.
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