Cadeira do Espírito Santo |
Em alguns púlpitos pentecostais, além dos notáveis que se
sentam olhando a congregação de cara feia, há também uma cadeira permanentemente vazia. A
cadeira do Espírito Santo. Nela ninguém senta sob a ameaça de morrer fulminado
imediatamente. Não sei de onde se tirou essa ideia, mas sei que uma leitura
distorcida de certos versículos bíblicos induzem as pessoas a imaginar Deus
como um olho que tudo vê, e que está permanentemente de plantão para nos
castigar na primeira encruzilhada da vida. Um deles, e com agravante máximo,
foi dito por Jesus na parábola do home rico: Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que
você guardou? Qualquer leitura leviana do texto vai sugerir que Jesus disse
que Deus mataria o homem rico naquela mesma noite. Contudo, a aversão de Jesus
a ideia de um Deus vingativo se deu com veemência e em vários momentos. Ele fez
questão de deixar claro que não veio para castigar ninguém, quanto mais punir
com a pena capital quem quer que fosse. Mesmo aquele que se senta, não de modo literal,
mas de forma inapropriada na cadeira do Espírito Santo. Deixar de lado a
concepção de um Deus adversário eu sei que é muito difícil. Talvez o que mais
precisemos convencer a nós mesmos no evangelho de hoje é que Deus é por nós e
não contra nós.
Leitura: Lucas 12.15-21
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