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| Este é o meu corpo, Michael Haller |
Os israelitas atribuíam aos membros do corpo atividades, não apenas físicas, mas também psíquicas; o hebraico tem muitas expressões que o leitor moderno estaria inclinado a interpretar em sentido metafórico, que, no entanto, originariamente eram entendidas no sentido próprio. Na psicologia rudimentar dos israelitas, cada atividade psíquica e mesmo espiritual era atribuída a um determinado membro do corpo ou órgão. Isso se verifica não apenas no que diz respeito à alma (nefesh: mais propriamente garganta, hálito, hálito da vida, força vital, vida, e afinal ente vivo), mas também no que diz respeito à carne (bãsãr: originalmente tecido muscular, depois corpo, finalmente homem) e aos ossos (p. ex., Sl 6.3; Sl 16.9; Sl 63.2; Sl 84.3; Job 14.22; Pv 16.24; Jr 23.9). Os diversos membros do corpo ou órgãos são tratados, neste dicionário, sob os respectivos verbetes barriga, boca, braço, cabeça, coração, crânio, dedo, face, fígado, fronte, joelho, língua, lombo (quadris), mão, nariz, nuca, olho, orelha, pé, peito, perna, rins, rosto, umbigo. Os órgãos sexuais, algumas vezes, são indicados por um eufemismo: os pés (Ex 4.25; Is 7.20): os pelos dos pés (Is 36.12; cf. cobrir seus pés = fazer suas necessidades: I Sm 24.4), a nudez, ou a vergonha (Gn 9.22; Ex 28.42; Lv 18.6-18).
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