A glória do Calvário, Andrea Mantegna |
Na sua forma latina calvaria,
que derivou para a nossa língua com Calvário, popularmente, caveira. Conforme
mencionado nos quatro evangelhos: lugar do crânio, o lugar onde Jesus foi
crucificado Mateus 27.33 em paralelismo com Jo 19,17. Em aramaico gulgultã’ ou golgoltã’ ou, na forma mais simples, golgotã’ que significam
crânio, especificamente crânio humano.
Conforme Dalman, o nome aramaico não vem do hebraico gal-gõ‘ã monte de pedras, de Goá, que em
Jr 31.39-40 é o monte que fica no vale dos cadáveres e das cinzas. O certo é
que o nome não tem nada a ver com o crânio de Adão que, conforme o teólogo
grego do segundo século, Orígenes, teria sido sepultado neste lugar, nem com os
crânios dos executados ou sacrificados, como pensava São Jerônimo.
O Gólgota ficava nas proximidades do centro da cidade de
Jerusalém (Mt 27.32 em paralelismo com Hb 13.12 e seguintes), na proximidade de
um jardim (Jo 19.41). Isso condiz com o lugar tradicionalmente aceito onde foi
construída a Igreja do Santo Sepulcro, pois até 43 dC esse lugar ficava fora do
muro da cidade, o segundo muro que foi construído com vista à fortificação da
cidade contra as tropas do Império Romano, do qual alguns restos foram
encontrados em escavações recentes. Todo o terreno em redor servia de
cemitério, como provam os sepulcros judaicos que até hoje são visíveis debaixo
da igreja do Santo Sepulcro.
O imperador Adriano havia encoberto o lugar, construindo o
foro de Aelia Capitolina, porém, mais tarde o imperador Constantino mandou
descobrir de novo a rocha, na qual, seguindo pedidos de sua mãe, Santa Helena,
construiu a igreja do Santo Sepulcro.
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