ou Estado laico 7
Apesar de ter sido uma constante na história, parece que
ultimamente têm se multiplicado de modo assustador as atrocidades praticadas e
as leis esdrúxulas propostas em nome de religiões. De tal modo que teóricos e
ativistas políticos voltaram a dar ênfase ao conceito também antigo do estado
laico.
Dedicamos seis postagens a refletir sobre o assunto.
Verificamos que alguns consideram que religião é constituída por certas
organizações, por certos rituais e símbolos, doutrinas ou costumes distintos
adotados por apenas parcelas da população. Entretanto, essencial mesmo é a fé,
aquilo que anima uma pessoa a viver, e mesmo a morrer. Por isso, a situação se
torna dramática quando a fé de uma parcela conflita com a de outra; o estado se
torna mesmo impotente para promover a paz.
Ainda bem que Deus é de fato o único elemento, se é que
podemos designá-lo assim, essencial a qualquer religião que pretenda ser
verdadeira. Pois, enquanto instituições, ritos, símbolos, doutrinas e costumes
não passam de obras do homem, contaminados com suas enormes limitações e
defeitos, Deus, ao contrário, é o próprio criador dos seres humanos, e também
quem aperfeiçoa e corrige.
E não corrige e aperfeiçoa apenas as relações entre
cidadãos, estados ou entre religiões; começa reparando as arestas entre criador
e a própria criatura, passando a reconciliar cada indivíduo consigo mesmo;
depois, com seus semelhantes, entre casais, pais e filhos, professor e aluno,
empregador e empregado, governantes e governados...; com os céus, a terra, as
plantas, os animais..., o universo.
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