Fé em Deus

 ou Estado laico 7
O Espírito de Deus tormentava as águas. autor não identificado
Texto do reverendo Paulo Schütz.

Apesar de ter sido uma constante na história, parece que ultimamente têm se multiplicado de modo assustador as atrocidades praticadas e as leis esdrúxulas propostas em nome de religiões. De tal modo que teóricos e ativistas políticos voltaram a dar ênfase ao conceito também antigo do estado laico.

Dedicamos seis postagens a refletir sobre o assunto. Verificamos que alguns consideram que religião é constituída por certas organizações, por certos rituais e símbolos, doutrinas ou costumes distintos adotados por apenas parcelas da população. Entretanto, essencial mesmo é a fé, aquilo que anima uma pessoa a viver, e mesmo a morrer. Por isso, a situação se torna dramática quando a fé de uma parcela conflita com a de outra; o estado se torna mesmo impotente para promover a paz.

Ainda bem que Deus é de fato o único elemento, se é que podemos designá-lo assim, essencial a qualquer religião que pretenda ser verdadeira. Pois, enquanto instituições, ritos, símbolos, doutrinas e costumes não passam de obras do homem, contaminados com suas enormes limitações e defeitos, Deus, ao contrário, é o próprio criador dos seres humanos, e também quem aperfeiçoa e corrige.

E não corrige e aperfeiçoa apenas as relações entre cidadãos, estados ou entre religiões; começa reparando as arestas entre criador e a própria criatura, passando a reconciliar cada indivíduo consigo mesmo; depois, com seus semelhantes, entre casais, pais e filhos, professor e aluno, empregador e empregado, governantes e governados...; com os céus, a terra, as plantas, os animais..., o universo.

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