O zelo de Deus I

Desviaram-se depressa do caminho que lhes prescrevi; fizeram para si um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: eis, ó Israel, o teu Deus que te tirou do Egito. Ex 32 7,14 
Escultura de ouro de 1 ton em ouro, em Huaxi, China
Existe em alguns grupos de igrejas uma tendência muito forte em negar certas prescrições contidas no Primeiro Testamento. Algumas negam terminantemente que este escrito seja a base para o testamento essencialmente cristão.  Parece que o último mandamento da Bíblia hebraica ainda vigente é o do dízimo, e quando alguém faz isso, deixa e lado importantes doutrinas bíblicas, e uma delas é a que diz que o nosso Deus é um Deus zeloso. Algumas traduções chegam a afirmar que Deus é ciumento, não que concebam que Deus tenha essa virtude, para uns, ou mazela, para outros, mas numa forma clara de nos fazer entender como Deus se sente quando a sua glória é confundida.

Deus é único, antes dele não houve, depois dele não haverá, dizia Isaías. Assim como ele é único, a sua ação e a sua revelação também são únicas. Contraditoriamente aos costumes dos povos pagãos, Deus não pode ser encontrado através da observação dos fenômenos da natureza e nem por qualquer mergulho na existência humana, seja de que profundidade for. Quando perdemos essa noção de revelação única deixamos de perceber o inominável abismo que existe entre ele e os deuses cultuados através dos elementos naturais, e quando isso acontece, nos permitimos achar que qualquer forma de adoração é válida, porque a intenção é o que fala mais alto. Passamos a adotar formas, até então, estranhas de culto, onde objetos se tornam sagrados, surgem elementos com poderes específicos, atitudes inusitadas e gestos inconsequentes. Deus é único, a sua revelação é única, portanto, o seu culto também haverá de ser único.

Por mais que essas palavras pareçam anacrônicas, que caberiam melhor na boca de Moises, que o Antigo Testamento ficou no passado, porque é para os antigos que elas foram escritas, o propósito do ser humano continua o mesmo. Não estamos aqui para viver consoante as leis naturais, e sim para fazer a vontade de Deus. O texto acima , sugerido que foi sugerido pelo Calendário Litúrgico, é apenas um exemplo entre outras tantos outros, do que acontece quando perdemos a noção do zelo de Deus. Algumas conclusões podemos tirar dessas situações concretas.




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