É melhor esquecer?

Ele era um de nós por Rien Poortvliet
Perdoar não é esquecer o que o outro me fez, isso é amnésia. Perdoar é outra coisa. Interessante esse ditado facebookano, inclusive porque dá margem para acréscimos bem oportunos. Contudo, o perdão tem implicações que vão muito além do que está circunscrito à própria pessoa. Na visão de Jean Yves Lelup, psicólogo e padre ortodoxo, perdoar é não aprisionar o outro nas consequências dos seus atos. Ele pecou, mas ele não é a configuração do pecado. Essa é uma cela que encarcera dois: eu e o outro, pois todos aqueles que conheceram os limites da crueldade humana, quer ativa ou passivamente, sabem muito bem que não conseguimos, por iniciativa própria, perdoar os outros ou sequer perdoar a nós mesmos. Esse é o elemento essencial que falta na oração “perdoa-nos como nós perdoamos”: o reconhecimento de que até mesmo para perdoarmos a nós mesmo precisamos recorrer à providência de Deus. Foi o apóstolo João quem disse: Se o teu coração te condena, Deus é maior que o teu coração, e conhece todas as coisas. I Jo 3.20

(Sl 51.17)
(Ps 51.17)

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