O bom samaritano, |
Texto do rev. Jonas Rezende
É curioso saber que Martinho Lutero não gostava da carta de Tiago e queria retirá-la da Bíblia! Impressionado com a salvação pela fé, Lutero não via com bons olhos as recomendações da carta para que as boas obras não fossem descuidadas. E não levou na devida conta a advertência de Tiago: “A fé sem obras é morta.”
Creio que é preciso que cada homem conclua o que para os santos é natural como a respiração. E, então, descubra que plantar uma árvore é mais importante do que muitas rezas mecânicas. A Participação sadia na política significa mais do que os retiros espirituais. Um abraço de amor tem maior valor do que a seriedade dos credos que não convencem. É melhor um banho de cachoeira do que os batismos de um formalismo vazio e inoperante. E é preferível o palavrão que arranha, mas alerta, às declarações hipócritas de um amor sem futuro.
Se você atentar para o que Tiago escreve em sua carta verá que, em resumo, precisamos viver em bondade ativa, em ternura, para que seja possível um mundo melhor e mais justo, para nós e para os nossos filhos. A prioridade da Vida, para quem aceita que “Deus é amor”, encontra-se no compromisso de jamais sonegar bondade aos que nos cercam na caminhada de cada dia.
O dramaturgo Bertolt Brecht tem uma palavra de despedida que merece reflexão especial. Diz ele:
Enquanto desapareço deste mundo estéril, eu lhes digo — pensem, para quando também tiverem de deixar o mundo, não apenas em serem bons, mas em deixar atrás de vocês um mundo bom.
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