Caminhos que levam à morte

Concerto de formigas, Glória Délia
Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte. Salomão (Provérbios 14.12)

Texto do rev. Jonas Rezende.

No dia 21 de maio de 1991, por volta das dezoito horas, eu me dirigia para o trabalho na Universidade, atento ao noticiário que ouvia pelo rádio do carro. Foi quando soube do atentado que matou Rajiv Gandhi. Alguém lhe oferece flores e, logo em seguida, a bomba camuflada explode. Foi, para mim, inevitável lembrar do beijo de Judas que sentencia Jesus Cristo à morte.

E difícil entender essas forças diabólicas do nosso mundo; convulsões que ceifam, por vezes, os melhores, como o nosso Chico Mendes. Ou levam à destruição homens, mulheres e crianças completamente inocentes e alheios aos conflitos em que são envolvidos. Sempre que acontecem tragédias assim, fico pensando sobre os estranhos caminhos escolhidos por aqueles que desejam implantar seus ideais a ferro, fogo e sangue. Como podem ser tão frios a ponto de comunicar com aparente orgulho a autoria dos atentados?

Muitas vezes com revolta e outras com misericórdia cristã, confesso que vejo os terroristas, uns aterrorizados; homens que estão redondamente equivocados, e que nos fazem lembrar este provérbio de Salomão: “Há caminhos que ao homem parecem o bem, mas cujo fim é a morte.”

A humanidade vive hoje entre duas alternativas. Ou constrói a sua utopia, o seu sonho com Deus e os homens de boa vontade, ou conhece o day after, a antiutopia (cacopia) do terror e da destruição — “o planeta dos macacos”.

Você e eu, todos os homens de bem, somos convocados para trilhar o “caminho vivo e verdadeiro” que se confunde com a vida de Jesus Cristo. Nem sempre teremos o sucesso imediato pretendido, mas podemos pensar como Henfil:
Se não houve frutos, valeu a beleza das flores; se não houve flores, valeu a sombra das folhas; se não houve folhas, valeu a intenção da semente.

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