Eu, tu, ele. V

Campo de refugiados, blog Naver

O problema é que nas nossas orações estamos pedindo o perdão de Deus e, juntamente com o perdão, a punição do outro Aí não se dá o perdão. Esse povo chamado cristão foi ensinado pelos evangelhos que perdão deve envolver três coisas. A primeira delas é que a pessoa ofendida tem que aceitar de bom grado a ofensa. Ninguém fez nada. Todo mundo é inocente, mas eu fui ofendido, e agora. Para fazer assim a pessoa tem que ser suficientemente madura para ser honesta em relação à ofensa para aceitar o sofrimento. E agora o que fazer? Seria cabível tal exigência? O perdão exige que você aceite a ofensa e o sofrimento. Se você não quer aceitar, tudo bem, mas também não vai perdoar. A primeira coisa é essa: a pessoa ofendida tem que aceitar de bom grado a ofensa e o sofrimento. 
A segunda significa que nós devemos ajudar o ofensor a carregar a sua culpa e o seu pecado. Ajudar aqueles que nos ofendem aliviando as suas culpas. Lembremo-nos da história de José no Egito. Os irmãos o venderam como escravo e mentiram para o pai dizendo que ele havia sido morto. Depois de todas as falcatruas e iniquidades que fizeram contra José, olhem o que ele disse em Gênesis 45.5: Agora não fiquem tristes nem aborrecidos com vocês mesmos por terem me vendido a fim de ser trazido para cá. Foi para salvar vidas que Deus me enviou na frente de vocês. José ajudou aos irmãos a aliviar o peso do pecado deles. 
A terceira é entender de uma vez por todas que só o perdão restaura a comunhão quebrada e o entendimento frustrado. É esse o significado do evangelho todo. Este é o significado da vinda de Jesus e da graça de Deus: Deus restaura em Cristo a nossa comunhão que foi quebrada por nós. Não é o que nós fazemos. Não é o que conquistamos. Não são as nossas atitudes, mas é Deus quem restaura a separação do homem com ele. 
Olhem para a cruz, pois é nela que nós achamos o perdão divino. É nela que nós aceitamos o perdão de Deus. É nela que Deus nos alivia da nossa culpa. É nela que vemos aceita a injuria do nosso pecado. É nela que Deus nos encontra. É nela que Deus nos convida para a comunhão consigo. É o milagre dos milagres. É o milagre da graça de Deus. O perdão daquele que merece castigo. É a aceitação daquele que é simplesmente inaceitável. É a reconciliação do que estava definitivamente separado. É o amor para com aqueles que não são amados.

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