O chamado de Mateus por Hendrick ter
Brugghen |
Pra
início de conversa, a não ser o amor de Deus, nada mais era definitivo na consciência
de Jesus. Até mesmo as Sagradas Escrituras teriam que estar condicionadas a
esse amor. Não foi sem motivo que por várias vezes ele a reinterpretou dizendo: visto o que está escrito? Eu, porém vos
digo. Ele disse que não veio revogar
a lei, mas revogou muita coisa que, principalmente para aqueles que não queriam
que o Reino de Deus fosse implantado. Fatalmente haverá uma hora em que ele
colocará pedra no lugar de pão e pão no lugar de pedra. Quando Jesus foi levado
ao deserto para definir as prioridades da sua missão, o tentador se apresenta
com propostas excepcionalmente válidas. Numa delas ele desafia Jesus com numa
das suas principais necessidades básicas: Está
com fome? Mande que estas pedras se transformem em pães.
E Jesus responde: nem
só de pão o homem viverá. Sabem por que ele disse isso? Porque o tentador ousou
sugerir que ele transformasse pedras em pães. Que transformasse uma coisa ruim em uma
coisa boa: maldição em
bênção. Mas Jesus lhe disse: deixe a pedra quieta aí. Ela foi criada para ser pedra e não pão. Mais
tarde ele vai dizer que uma simples pedra é tão importante quanto a tradição
religiosa. Vocês ficam aí se vangloriando por serem filhos de Abraão? Fiquem
sabendo que dessas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Um pouco mais
tarde disse que a pedra seria o alicerce da sua igreja, e aí misturou tudo: Eu sou o Pão vivo que desceu dos céus,
mas eu sou também a pedra angular, aquela
que no começo deste sermão vocês rejeitaram. Muitas são as pregações que podem
nos fazer pender para um lado em detrimento do outro. Será preciso muita
sensibilidade e um relacionamento muito estreito com Deus para detectar estas sutilezas.
Leitura: Mateus
7.7-11.
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