Cordeiro Pascal por Jang Hui Geong |
Juntamente com a cabra, a ovelha formava a principal
propriedade do israelita comum, o gado miúdo. Os muitos nomes que tem no
hebraico já sugerem a sua importância para a economia de Israel. Aliás, esse
animal pouco exigente dá-se muito bem com o solo pouco generoso da Palestina;
na primavera encontrava o seu alimento nas pastagens comuns em torno dos
povoados, no verão era levado para a estepe. A ovelha é um dos principais
animais de sacrifício (I Rs 8.63), mas usavam-se para isso de preferência os carneiros
e os cordeiros machos( conf. cordeiro pascal). As prescrições rituais confirmam
a opinião de que na Palestina era criada, sobretudo, a ovelha de cauda grossa (Ovis laticaudatus, Ex 29.22; Lv 3.9).
Por causa de sua lã (conf. Mt 7.15), sua carne e seu leite (Dt 32.14), a ovelha
é indispensável. A tosquia das ovelhas era acompanhada de festividades, como a
colheita (I Sm 25.1-12; II Sm 13.23).
Pela sua mansidão ao ser tosquiada, a ovelha se tornou a imagem do Servo padecente
de Javé (Is 53.7; o Cordeiro de Deus); a ovelha é indefesa contra o perigo (Mt
10.16) e dócil para com o pastor, pelo que Jesus, repetidas vezes, compara a
sua relação para com os discípulos com a existente entre o pastor o suas ovelhas
(Mt 26.31; Hb 13.20; sobretudo Jo 10). Essa comparação vale também para a
relação entre Pedro e os sequazes de Cristo (Jo 21.15-17). Os pecadores são
como ovelhas desgarradas (Is 53.6; II Pe 2.25), para com as quais Deus tem
cuidados especiais (Lc 15.3-7).
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