Batismo negro, Charles Carol Coleman |
Texto do revmo. bispo Josué Adam Lazier.
Uma das preocupações que tenho enquanto uma pessoa de fé e atuante na educação e direitos humanos, passa pelo cuidado com as pessoas. Tenho lido em diversos periódicos líderes de diversas denominações, pedagogos e terapeutas abordarem este assunto, que tem tudo a ver com o momento em que nos encontramos na sociedade, onde as relações sociais são minimizadas e relativizadas.
O cuidado pastoral desafia a família, a escola e a igreja numa sociedade relativista, discriminadora, excludente e individualizante. Com o tema do cuidado junto às pessoas quero realçar diferentes ações que têm como objetivo construir o bem comum e forjar uma sociedade onde as relações sejam fraternas, solidárias e dignas.
Neste sentido, as questões relacionadas à emotividade, espiritualidade, família, trabalho, profissão, educação, aspectos psicológicos, mentais, físicos, emocionais, devem ser considerados, pois a pessoa é um ser integral e não pode ser tratada como seguidora de líderes personalistas que oferecem imediatismos, receituário para curas, para ganhar dinheiro, para arrumar casamento, para ser feliz, para comprar casa, para adquirir carro, tampouco mantras ou frases de efeito e de auto-ajuda.
A instituição familiar, eclesial ou educativa que vai alcançar as pessoas e ajudá-las na construção de uma história de transformação e construção da cidadania plena e para todos, é a que tiver cuidado com as pessoas em suas diferentes idades, experiências, potencialidades, bem como fragilidades e imperfeições.
A história está marcada por intolerâncias e discriminações e está manchada com muito sangue inocente derramado para expiar a insanidade de poderosos e as injustiças praticadas em nome de um deus que só vê os que “pensam que são”.
Que 2016 seja o ano do “cuidado junto às pessoas”, pois a sociedade será diferente e humanizada. Vamos seguir este caminho?
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