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Paulo em Corinto, autor não identificado |
Há um jargão oriundo da antiga Roma, que é muito usado em
campanhas publicitárias, que diz: à mulher de Cesar não basta ser honesta, tem
que parecer honesta. Um jargão que infelizmente não serve de carapuça aos
referidos líderes, pois qualquer mínima investigação no patrimônio vai comprovar
a mal versação do dinheiro arrecadado nas suas igrejas. Isso sem falar da
ostentação com que se apresentam, dos carros e aviões que os transportam ou das
mansões em que residem, quando conhecemos as suas raízes humildes, o seu fraco
e dispensável ministério nas igrejas de onde se originaram e as suas ligações líderes
de movimentos religiosos estrangeiros que estão sob a mira dos ficais
fazendários dos seus países.
Fica aqui ilustrada íntegra e fielmente a interpelação de
Paulo dirigida à igreja de Corinto, quando este, à distância, tentava corrigir
o erro daquela igreja, quando esta estava se deixar levar pela propaganda
enganosa de pastores que se apresentavam com cartas de referência sem qualquer
respaldo. Paulo fala: Será que eu ainda preciso
me apresentar a vocês? Vocês não me conhecem? Eu não preciso de carta de
recomendação? Se eu precisar convoco vocês. Vocês são a minha carta de
apresentação vocês mesmos. Uma comparação, mesmo superficial, vai dizer quem
tem a verdadeira mensagem do evangelho: eu ou eles?
É impressionante como a memória do povo é curta. Não somente
do povo da igreja, mas do povo brasileiro em geral. Tem gente hoje em dia fazendo
manifestação pela volta da ditadura. Atribuo esse mal ao pouco conhecimento que
a igreja tem do seu passado, assim como do povo brasileiro da sua história.
Falo da história recente das igrejas tradicionais. Tanto os membros atuais como
muitos dos seus pastores se esqueceram completamente de que quem construiu
aquele belo patrimônio que eles herdaram gratuitamente, foram homens e mulheres
que nunca se vangloriaram das suas atitudes na igreja, que nunca se
apresentaram com unções especiais, e que também nunca se colocaram sob os
holofotes da fama.
Querem marchar para Jesus, que marchem. Mas levem como
bandeira a vocês mesmos, e se apresentem como carta de recomendação dos verdadeiros
heróis da fé da sua igreja. Aqueles não que entraram no evangelho para ganhar e
receber, e sim para perder e para se doar. Sigam mais de perto o seu exemplo de
fé e de prática. Vamos ouvi-los antes de reverenciar qualquer um que se
apresenta como líder, pois esses vocês conhecem. Foram esses os mensageiros de
Deus que escreveram os fundamentos do evangelho em nossos corações, e eles não merecem
ficar à margem de gente que caiu de paraquedas não se sabe do onde.
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