Jesus no casamento em Marrocos |
Quando o SENHOR
restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se
encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia:
Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles. Com efeito, grandes coisas fez o
SENHOR por nós; por isso, estamos alegres. Leia Salmos 126
Texto do rev. Jonas Rezende
A palavra utopia é formada por dois pequenos vocábulos da língua
grega, e significa, literalmente, lugar que não existe. Mas os vocábulos sofrem
uma evolução semântica, e hoje, quando falamos em utopia, a etimologia
desaparece. E pensamos em algo irrealizável, absurdo. Ou imaginamos um sonho ou
esperança que serve como alavanca na construção de um mundo melhor, de um ser humano
viável. Tenho preferência radical pelo segundo sentido: um sonho!
Volto novamente a esse salmo, porque ele expressa o sentido
de utopia que me parece na direção mais criativa: ficamos como quem sonha.
O salmista sabe que o sonho prosseguirá, porque Deus age, e
o ser humano é seu parceiro: restaura, Senhor, a nossa sorte como as correntes
do Neguebe.
E vem a ênfase no papel desempenhado pelo trabalho humano:
os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão.
É isso. Um sonho, um sonho acordado, como São Tomás de
Aquino vê a esperança. Um sonho impossível? Tive um velho amigo a que muito
respeitei. No seu dicionário de uso corrente, encontramos, após a sua morte, ao
lado da palavra impossível, uma anotação com sua letra firme e culta: leia-se,
difícil. Afinal, utopias foram superadas no desenrolar da História, como sonho
e muito trabalho: quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com
júbilo trazendo seus feixes, registra o salmista. Miguel de Unamuno chega a
dizer que o homem vive de razão e sobrevive de sonhos. E Chico Buarque de
Holanda, traduzindo e adaptando o tema musical da peça O homem de La Mancha, escreve: sonhar mais um sonho impossível,
lutar quando a regra é ceder, vencer o inimigo invencível...
Você sabe? Eu sonhei que o asfalto acariciava com calor os
pneumáticos grávidos de ar. E houve melodia de amor nas ruas, avenidas e
estradas: nunca mais um homem usou luz alta contar outro homem.
Sonhei que o imenso arranha-céu tronou-se um único quarto
iluminado, onde estranhos falavam a mesma língua. E já sabiam dormir sem
sedativos. E suas portas e trancas eram mãos dadas.
Sonhei com uma única mesa para todos, onde todos os homens
tinham pão. E as crianças cantavam aleluias, no lugar onde outrora houve
prisão.
Sonhei que o ser humano se esqueceu, finalmente, da mentira.
De mentir-se. E já não soube mais buscar alegrias e conquistas pelos processos
desumanizados ou pelos artificiais. E apenas conhecia através da História a
história das guerras mundiais.
Sonhei que os véus dos templos, todos, se romperam, com a
luz da religiosidade. O homem se esqueceu dos tolos ritualismos, e a fé no único
Deus da vida foi verdade.
Sonhei que um dia, o mundo alcançou maioridade, sem
religiões, sem trancas, sem mentiras, sem exércitos, sem bandeiras, sem o
recurso subumano das fronteiras; sem anseio de céu ou medo de juízo:
A Cidade do Home era um sorriso...
5 comentários:
Gostei muito do seu blog ,porque me ajudou a entender muita coisa que me deixava cheia de dúvida,Vou acompanhar mais para me inteirar de muitas dúvidas que ainda tenho.
Sra ou Srta Zeni
Também gosto muito deste blog. Meu amigo Rev. Sergio é uma homem íntegro, portanto bem intencionado. Há pouco ele me citou neste blog, como único comentarista. Claro que não sou. Sou apenas o que mais comento. Sem conhecê la, gostei da sua companhia de comentarista.
Creio que vale a pena acompanhar este blog.
Atenciosamente
Nehemias.
Zeni
Estive viajando e com poucas condições de responder os comentários do blog. Obrigado pela sua atenção e espero continuar correspondendo com a sua expectativa.
Sergio
Nehemias
Eu não o citei indevidamente. As pessoas que comentam sobre as minhas postagens o fazem normalmente no Facebook ou no Google+. Aqui, vc está praticamente sozinho.
Sergio
Amigo Pastor e blogueiro
Vc sabe das minhas limitações no FB, e pior ainda, no Google+. Só que não escreveu o verbo que usei : EQUIVOCADAMENTE, e não indevidamente. Repito: JAMAIS teremos motivos para TER MEDO de Deus.( Incluo aqui temer a Deus. Ter qualquer traço de receio de Deus ) Portanto, para mim fica cristalino que DEUS É AMOR. Insisto o AMOR a Deus é mais que suficiente. Já estão contidos neste nosso amor a Ele: o respeito, a reverência, o louvor e a ADORAÇÃO. Deus é impossível de ser compreendido pela nossa mente. Pode e deve, ser apreendido, vivenciado.
Este tema não tem fim.
Abração e agradecido pela resposta.
Nehemias.
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