Alexandre no Templo de Jerusalém, por Sabastiano Conca |
Ressurge a figura do Messias que viria para restaurar a
glória que Israel experimentara nos reinados de Davi e Salomão. Não se pensava
apenas em um tipo de salvação que os livraria das mãos do opressor. O Messias teria
que ser o chefe de estado a promover a grande inversão dos papéis. A partir
chegada do ungido de Deus, Israel governaria sobre todas as nações e as grandes
potências estariam por estrados dos seus pés, para usar a expressão do
salmista.
Outro conceito de salvação nos é dado a conhecer por meio de
João Batista. João prega a salvação através do arrependimento: arrependei-vos e crede no evangelho. A
salvação que vem por uma atitude concreta, pois para ele arrependimento não é
como pensamos uma sensação de fracasso moral ou mesmo o cair em si após um
procedimento inadequado. João com a brandura que lhe é peculiar se dirige ao
povo com palavras amorosas: Ninhada de
cobras venenosas! Quem disse que vocês escaparão do terrível castigo que Deus
vai mandar? Façam coisas que mostrem que vocês se arrependeram dos seus
pecados. (Lucas 3.7)
Quando o povo lhe perguntou como seria esse
arrependimento, João diz: Quem tiver
duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma, e quem tiver comida
reparta com quem não tem. Aos soldados era exigido que não fossem
corruptos e aos publicanos que não cobrassem nada além do que era devido. Essa
foi uma novidade tão grande no conceito de salvação que detonou uma bomba na
religiosidade judaica. João afirma categoricamente que para a salvação não há
mais necessidade de templo, nem de sacerdote e muito menos de sacrifício. A
salvação é uma tomada de posição em relação à boa notícia da parte de Deus e
não o cumprimento de preceitos religiosos.(continua)
Nenhum comentário:
Postar um comentário