Ele é Deus, e você?

Relevo na Porta de Ishtar na Babilônia
Apesar de considerar o texto bíblico a obra mais prodigiosa que a mente humana já concebeu, existem alguns trechos que se eu pudesse mudaria. Eu mudaria, por exemplo, o final do livro de Job e tiraria aquele desfecho triunfante. Um livro que trata de um tema tão instigante não pode terminar de forma tão simplista. Mudaria também a parábola do Filho Pródigo, porque dela pode-se muito bem concluir que não importa o que fazemos da nossa vida, no final tudo vai terminar bem. Mas talvez a mudança controversa seria em Daniel 3, o  desafio Nabucodonosor à fé dos três amigos de Daniel diante de uma fornalha aquecida sete vezes mais que o normal: ...vocês serão jogados na mesma hora numa fornalha acesa. E quem é o deus que os poderá salvar? Importante frisar que eles não entram na questão apresentada pelo rei, se Deus pode ou não livrá-los. Eles se fixam na convicção de que Deus é Deus e isso já lhes basta. Dificilmente algum outro rei na história da humanidade tenha tomado um tapa na cara tão bem dado. E é unicamente por esse motivo que eu disse que mudaria este texto. Para mim não interessa o final. Se Deus os livrou ou não é apenas um detalhe diante de tantas outras maravilhas que Deus já havia feito até então. Mas os rapazes conseguiram jogar por terra toda a arrogância de um dos mais poderosos monarcas que o mundo já conheceu. Nesta contingência qualquer livramento vem em segundo plano. Fica para a nossa reflexão a resposta que deram a Nabucodonosor: Ele é Deus, e você quem é?


Leitura: Daniel 3.1-23.

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