Jesus e Anás (João 18.22) por José de Madrazo |
Sobre salvação, entendemos que é uma graça que Deus concede
ao homem, que não a merece. É um ato da misericórdia de que Deus, que não dá ao
homem aquilo que ele de fato merece. Embora revolucionária e única no âmbito
das religiões existentes, a salvação pela graça não aboliu as exigências do
pagamento de um resgate, ou seja, o derramamento de sangue pela remissão de
pecados. Como diz a Bíblia, apesar da inflação, o salário do pecado continua o
mesmo, a morte. Portanto, o que se pode entender por salvação, não algo que se
resuma ao exclusivamente ao futuro, como um prêmio a ser garantido
antecipadamente para proveito posterior. Nem exclusivamente ao presente,
negligenciando o amor eterno de Deus. A salvação, embora seja aqui e agora é
algo que se estende tanto na verticalidade do tempo, quanto na horizontalidade
do espaço. Tanto na visão histórica, quanto na vida prática. Por isso, não há
mais lugar para se pensar em uma salvação pessoal e restrita. A antiga
preocupação com a salvação individual tem que dar passagem à urgência de Deus
em transformar o mundo, no dizer de Wesley: nada
fazer senão salvar almas.
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