Filipe e o eunuco, autor e época não identificados |
O texto que narra a conversão do eunuco tem tópicos no começo,
no meio e no fim que extrapolam qualquer raciocínio lógico. O primeiro, diz
simplesmente: vá porque é deserta. Se
a estrada era deserta a possibilidade de se pregar nela o evangelho era quase
nula. O segundo, fala da aparição do eunuco, que está vindo de Jerusalém, lendo
o Primeiro Testamento. Esse seria um alvo improvável para Filipe em seu
ministério. O terceiro, fala de um batismo imediato, coisa que nem as igrejas
mais liberais estão propensas a realizar. É por tudo isso que o texto é um tapa
na boca da nossa pretensão de avaliadores espirituais. Mal sabia Filipe que
aquele homem abrigava um enorme temporal no seu coração. O temporal que o fez
empreender tão longa viagem. O temporal que ainda o atormentava na sua volta. O
temporal que não se dissipou, nem mesmo depois da sua visita ao templo. Ir ao
templo, ir à “igreja”, para ele não adiantou em nada. Estava voltando da mesma
forma que chegou. Por isso que a Bíblia nos recomenda: vigia e ora. Um olho na
estrada, outro no coração. Um olho na mensagem, outro na pessoa a quem se
dirige a mensagem.
Leitura: Atos 8.26-39
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