Igreja destruída pelo terremoto no Haiti |
Um dos segredos mais bem guardados do Vaticano é a
celebração do Corpus Christi. Celebrar o corpo de Cristo é algo que a igreja já
empenhava em várias ocasiões. Celebra-se a sua encarnação no Natal, a sua
primeira ida ao Templo, o seu batismo nas águas do rio Jordão pela imposição de
João Batista. Igualmente celebra-se a sua entrada triunfal, no Domingo de
Ramos, a sua paixão, morte, ressurreição e ascensão. Além do que celebra-se o
memorial da Santa Ceia para que mantenhamos sempre viva na memória por meio da comunhão
no seu corpo e sangue, ali representados pelo pão e pelo vinho. Não vejo motivo
algum para crer que esta seria apenas mais uma data que objetive
especificamente esta celebração, longe de conceber que o corpo de Cristo já
seja suficientemente celebrado, mas porque me vejo na hipótese de ter que
admitir que em algum lugar do passado aconteceu algo que justificasse
plenamente mais essa celebração.
Antes que alguém diga que esta dúvida é coisa de
protestante, quero lembrar que o início esta celebração data do século XIII, e
foi instituída oficialmente pelo Papa Urbano IV através da bula Transiturus de hoc mundo, de 11 de
agosto de 1264, portanto, séculos antes da Reforma.
Algumas tradições apontam para a freira belga Juliana de
Cornion, que através de uma revelação teve a consciência de que o corpo de
Cristo não estava sendo celebrado como deveria, porque não havia uma data
específica para esta celebração. Tal freira travaria uma cruzada santa para que
sua revelação fosse levada em conta e finalmente fosse instituído uma data que
apenas mais tarde viria a ser chamada de Corpus Christi. A igreja também
registra alguns muitos milagres presenciados nesta data, o que concorreu para a
solidificação e propagação da festa que começou na Bélgica e rapidamente ganhou
o mundo. Creiam que São Jorge possui uma forte ligação com esta data.
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