Outro porto, outro cais


Já faz um ano que escrevi a postagem http://amosboiadeiro.blogspot.com.br/2014/11/um-novo-porto-um-novo-cais.html, quando me mudei do Rio para Porto Seguro. Agora, não mais em Porto e sim em Aracaju, gostaria de fazer uma breve análise deste último ano.

De ante mão declaro que nenhuma das expectativas se cumpriram. Não comecei o trabalho social. Não tenho uma igreja para me congregar, e, para complicar mais ainda, já não tenho mais a mesma disposição para postar meditações neste blog.

Retornando de uma viagem transtornada de um mês que fiz à minha cidade natal, vejo que preciso reconsiderar vários aspectos da minha vida, e o principal deles é: que mensagens pregar neste emaranhado de crises que estamos todos vivendo. Estou sempre tendo a sensação de algo importante está escapando entre meus dedos quando tento enfatizar um ou outro aspecto do nosso cotidiano. Como ninguém consegue atuar em várias frentes simultaneamente, que frentes o meu ministério deveria priorizar?

Não sei se vocês já reparam, mas o maior número de links desse blog remete à postagens antigas e coisas do passado. Seria esse um sinal de saudosismo desenfreado?

A verdade é que já ando cansado da minha antiga baralha contra e heresia e paganismo que se instaurou em nossas igrejas. Tenho a nítida impressão de que é uma batalha perdida, não há mais qualquer possibilidade de volta. Embora eu esteja certo de que eles existam, até agora Deus não me mostrou os sete mil que não dobraram os joelhos diante de Baal. Apenas umas poucas vozes têm se levantado contra esses absurdos.

A outra verdade vem me dizer que sou eu quem está precisando ser orientado agora. Não que não precisasse antes, mas que agora seria a hora de dizer: fala Senhor, que o teu servo ouve. Também estou certo de que ele está falando. Talvez não nos lugares onde eu tenha buscado, mas onde tenho que recusado ir. Por isso, caso haja uma parada repentina nestas postagens, não se espantem. Eu devo estar perdido nestes lugares que insisto em achar que não existem.

Não é uma despedida, é claro. E nem a solução da continuidade. Mas a percepção de quem precisa encontrar seu verdadeiro porto e seu próprio cais.

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