Abraão e Isaque, Gaspard Dughet |
Texto do rev. Jonas Rezende.
A
curta e benfazeja frase não pode se misturar sem critério a outras saudações
que, com maior facilidade estão à tona de nossos sorrisos; parabéns, meus
pêsames, felicidade e tantas mais.
Deus
proverá lembra uma alavanca inspirada na bênção divina aquecida com os farelos
de bondade das mãos de Deus para o corpinho ágil do recém-nascido, que saliva e
agita as pequeninas pernas no ar com a energia de uma bailarina na direção do
vulto amigo. Afinal, é ele que exala seu cheiro mais atraente e durante o tempo
de adaptação à importante e nova fase de sua vida promissora vai precisar
daquele importante ponto de apoio para tudo o que lhe possa acontecer.
O
bebê tem de certa forma o alerta para rejeitar diferentes mãos comprometidas
com outras e estranhas almas... O pequenino evita, com a nascente intuição que
se impõe com denso choro de recusa explícita e desespero de quem ainda não
aprendeu a enganação que desmancha a consistência de todos os relacionamentos,
com incríveis e crescentes dificuldades de reajuste: a mentira.
O
passar do tempo traz as modificações registradas nas mudanças da espécie,
especialmente a que pertencemos, lembrando mudanças independentes de nossa
vontade e fazendo-nos conscientes de que estamos nos braços da mãe natureza que
encurta o âmbito do que chamamos de liberdade e que será reencontrada em fases
posteriores da vida humana capazes de exibir sua complexidade e as diferenças
básicas entre nós e os outros seres.
Apenas
um bom exemplo: Certo tipo de chimpanzé tem praticamente, pelas pesquisas
atuais, o mesmo genoma humano!
Sabemos
pouco e muitas vezes nada do bê-á-bá de tudo. E a ferramenta para irmos mais
longe é aprender com os macacos que, pelo menos, na ficção, já estão bem mais
longe.
Maturidade
é quando temos de prestar contas à vida pelas oportunidades bem e mal usadas, e
que relatório poderemos apresentar e do ponto de vista ético, moral e
religioso?
Uma
pessoa pode julgar a si mesmo como não religioso, mas ninguém pode julgar-se
isento de obrigações éticas e morais da sociedade. Há atos que ofendem nossos preceitos
éticos e morais, e podemos ter de dissertar juridicamente sobre nossos folkways, morais e leis.
Muito
pouco foi visto nesses curtos resumos. Vamos estudar mais e Deus proverá.
O
mais importante é sempre lembrar que essas disciplinas eram nossas posições num
passado não tão remoto e que devem, revestir tudo o que dissermos de importância
e valor, nesta área nobre de nossa legislação maior e mais nobre.
O
rabino Nilton Bonder fala-nos sobre seu velho mestre que lhe ensinou esta lição,
que agora reparto com você; depois de sua vida, o grande juiz não vai lhe
perguntar por que você não foi sábio como Maimônides, Moisés, rabi Jonas e
tantos homens de consagração total a Deus?
Mas o grande juiz pode lhe constranger ainda mais por lhe perguntar de
forma direta:
Por
que você não foi você?
Aí
não dá mais para pedir: Deus proverá.
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